O Lar, a família e o Estado democrático

Esta democracia III - Os caminhos da mudança - A valorização da família.


Tenho defendido insistentemente de que o desenvolvimento do nosso estado passa por um forte investimento no ser humano. Dentre os artigos escritos podemos rever http://nelsonsoaresdossantos.blogspot.com/2010/11/eu-estava-certo.html, ali, eu defendia que o fortalecimento da democracia e o investimento no ser humano passava por algumas questões como Fortalecimento da UEG, Fortalecimento da rede de proteção social, Investimento na Educação, Ciência e Tecnologia. Hoje, quero falar de um assunto que parece ser o ponto de partida para que todos estes pontos já discutidos venha a ter sucesso - O investimento e a valorização da família. O estado pode contrbuir para valorizar a família na medida em que fortalece os seus laços, esclarece os caminhos para a paz familiar e age como estado educador.

Eu sempre acreditei que a família é a base da sociedade, a célula mater, assim aprendi e nunca duvidei desta verdade. E por mais que muitos consideram que o conceito e o modelo de família se modificou muito nas últimas décadas há conceito que creio perdura na prática em todos os cantos da terra.."Família é um núcleo de convivência unida por laços afetivos que compartilham o mesmo teto." Gosto desta definição por que ela abarca todas as situações familiares conhecidas na atualidade. Pensando assim podemos dizer que madrasta, padrasto, enteados,desde que morem sobre o mesmo teto pode se considerar como tendo uns com os outros obrigações familiares. Ainda gosto de acrescentar a isto que a família em tais casos se estende aqueles que estão fortemente unidos por laços afetivos mas convivem no mesmo teto, como por exemplo, os filhos de pais separados que contribuem para existência de laços afetivos tanto com os pais verdadeiros quanto com os novos companheiros dos seus pais.

Entender as novas relações familiares que se estabelecem é crucial para a valorização da família. Com o aumento do divórcio não tem como negar mais os novos tipos de relações que se estebelecem nem as consequências que delas advém. Nos dias atuais não se pode negar que o padrasto acaba por participar ativamente na vida dos enteados, assim como a madrasta, sendo assim é preciso cuidar para que estas relações sejam harmônicas, o que muitas vezes não acontece. Neste sentido o Estado pode contribuir das mais variadas formas:

1. Estabelecer uma política de cuidado com as crianças. Escola de tempo integral, política de fortalecimento da Educação Infantil e investimento na cultura com bibliotecas voltadas para as crianças e adolescentes, .cuidado com educação sexual das adolescentes e jovens contribuindo assim para prever e precaver contra situações que enfraquecem cada vez mais a família;

2.Fortalecer a rede de proteção social aliado ao investimento em cultura, esporte, lazer, e, sobretudo a educação. O enlace dos programas sociais a estas atividades contribuiria para o desenvolvimento pessoal e espiritual de nosso povo.

3. Investir em áreas de lazer voltadas para as famílias. Parques, teatros, apresentações musicais são alguns dos exemplos aos são propícios a participação de toda a família.

Entrelaçado a isso, não resta dúvida que o investimento na rede educacional pública é uma forma de valorização da família. Neste sentido, urge que o estado construa as estruturas necessárias para a escola pública que hoje é deficitária de áreas de lazer, e de vida cultural. O investimento no desenvolvimento espiritual e culturas dos professores torna-se também de suma importância.

Para concluir, cito aqui o que pensa a ex-candidata a presidência da república Ingrid Betancourt sobre como ela mudou sua forma de pensar enquanto esteve no cativeiro prisioneira das FARRCs, em entrevista a revista H. S. Manegement. " Eu me convenci de que não são as leis que vão mudar o mundo, nem os políticos, nem os presidentes, nem os congressos. O mundo vai mudar se conseguirmos sentir compaixão pela dor alheia, se nos abrirmos ao outro, se conseguirmos nos colocar em sua pele, se culparmos menos e perdoarmos mais". Ora , que lugar é mais propício para começar este tipo de mudança? É na família que podemos sentir mais de perto um do outro. É nos momentos em família que melhor podemos experimentar o amor, a compaixão, a generosidade. Por tudo isso, valorizemos a família e o lar como local de crescimento das pessoas e primeiro passo do desenvolvimento social.

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