Uma agenda positiva para o Governo dos sonhos



Quando Marconi estava em campanha prometeu aos goianos um governo dos sonhos – o  melhor governo da vida dos goianos em toda a história. Eu não duvido de que isso seja possível, mas passado alguns meses de governo é necessário que o Governo ajuste as velas do navio, defina papéis, observe os ventos sobe o risco do navio não velejar na velocidade que se deseja. Colocado esta questão é preciso ler os sinais, compreender as estações, compreender o tempo, respeitar a natureza das coisas.
A primeira coisa que tem de se fazer compreender é que a responsabilidade para que Goiás avance é de todos os goianos, e, sendo assim, a responsabilidade por liderar este avanço é do Governador e seus partidos aliados. Isto significa que os principais partidos Aliados – PSDB, DEM, PTB, PPS, - compreenda o papel de cada um e aprenda a se tratar como aliados. E, mais ainda, cada partido trabalhe para manter a unidade interna em torno do projeto de fazer Goiás avançar.
 Não é a realidade do momento. Alguns partidos com fortes divisões internas não percebem que divididos internamente não enfraquecem apenas a própria legenda, mas todo projeto dos aliados do Governador. Dividido, aqueles que estão a sair não compreendem que fazem parte do mesmo projeto, e que trocar farpas, com os futuros  ex-companheiros acabam atingindo também o projeto de grupo – realizar o melhor governo da vida dos goianos.
Outros, parece querer antecipar o debate eleitoral. É claro que compreendemos que todos precisam se movimentar e se fortalecer, no entanto, movimentos agressivos, por vezes bruscos, podem comprometer alianças futuras e, que na verdade, o ideal seria o grupo aliado manter um discurso de projeto, e, aliar as vitórias municipais, a idéia de se realizar o melhor governo da vida de todos os goianos. O momento para se discutir 2012, ainda não chegou e antecipar o debate produz disputas acirradas por espaços, desnecessários em  um momento de dificuldade e de início de governo.
E não se pode negar que existam os fisiológicos. Discutir política para alguns, parece ser apenas discutir cargos. É claro que reconhecemos que a repartição de espaços de poder é necessária em um governo de coalizão, mas fazer disso o motivo da existência e da vida política é apequenar os sonhos, e abandonar totalmente os ideais. É tornarem-se mercenários e piratas do poder.
Por tudo isso, falar de uma agenda positiva é antes de tudo definir o papel e as responsabilidades daqueles que compõe  o governo. Neste sentido, embora sempre tenha valorizado o que se chama de meritocracia, preocupa-me a forma como se tem implantado o processo em nosso estado. Parece que corremos o riscos de constituir uma forte burocracia estatal com servidores efetivos e estáveis, fazendo-os adquirir direitos de chefia e em seguida o de definir as políticas estratégicas; o que pode levar o governo a perder totalmente o controle dos rumos da administração do ponto de vista das prioridades de realização.
Apesar disso podemos pensar uma agenda positiva onde:
1.   Um forte projeto de melhoramento da gestão pública seja aplicado sem perder de vista a lógica de um governo democrático, onde seus representantes são eleitos pelo voto, e portanto, os partidos devem ter uma forte cota de responsabilidade para com a máquina pública, isso poderia significar, por exemplo, que o processo meritocrático poderia acontecer, pelo menos uma parte dele, na estrutura interna dos partidos aliados nos processos de indicação política e não ter todos os cargos de gerências e chefias ocupadas por servidores efetivos desvinculados da ação política partidária;
2.   Investimento alto nas áreas de segurança, saúde, educação e na rede de proteção social. Um governo que se pretende ser progressista deve governar para todos, mas sobretudo para aqueles que mais precisam da proteção do estado. O ensino superior em Goiás, ainda há muito o que ser feito. O fortalecimento da UEG, com a realização de concursos para docentes, melhoria dos processos de gestão, plano de carreira, são apenas algumas das medidas urgentemente necessárias;
3.   Realização de forte parceria com os municípios para fortalecer os sistemas municipais de educação, saúde, segurança, e defesa dos direitos humanos nas suas variantes ( Conselho Tutelar, Conselhos de Saúde, Educação, etc); procurando estabelecer forte diálogo com a sociedade civil organizada e dando voz aos  diversos setores da sociedade;
4.   Elevação dos gastos com educação, procurando aumentar o máximo possível o salário dos professores aliados a uma qualificação continuada que propicie o quanto antes efeito sobre o cotidiano da escola.
5.   Por fim, estabelecer uma relação transparente com a oposição e  sociedade em geral, combatendo o negativismos do quanto pior melhor, procurando fazer avançar as relações democráticas e o processo civilizatório.
Sabemos que algumas coisas em um processo democrático parecem mais um sonho. Mas o que faremos de nossas vidas se não continuarmos sonhando? Existem aqueles pragmáticos, os centralizadores que acreditam que tudo pode ser resolvido com uma decisão de cima para baixo, quase sempre, estes não conhecem as realidades diversas do nosso estado, e por isso, elaboram políticas que quase sempre não funcionam. Goiás possui um povo alegre, trabalhador e com coragem para sonhar e lutar por seus sonhos; possui ainda uma juventude que acredita no futuro e vive cheia de desejos de aprender o melhor da vida. Certamente os sonhos de união, harmonia, paz, progresso serão mais fortes que o negativismo egoísta que acredita ser o poder público uma coisa privada que pode ser usada para o prazer daqueles que o detém. São com estes sonhos e liderados pelo Governo Marconi a unir todos os goianos que teremos os melhores dias de nossa história.

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