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Mostrando postagens de julho, 2011

A polidez é a virtude das crianças

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Escrevo como quem se cansa da vida polida da grande cidade. Minha orientadora do mestrado não aprovaria jamais este título. Diria que é subjetivo demais, mesmo para um texto que se pretenda de reflexão. E não vou ter a presunção em dizer que se trata de um texto filosófico. Na verdade, ao afirmar que a polidez é a virtude dos corruptos insisto em não ser polido, apenas falar a verdade; não existe corrupto nos dias de hoje que não seja polido. A polidez, se no passado foi considerada como virtude menor que fazia pouco caso da moral, não deveria mais ser considerada virtudes nos nossos dias. Acredite, se alguém é polido demais para mim, já o considero menor moralmente, pois se a polidez não for a virtude dos corruptos é a virtude das crianças. O maior exemplo de que a polidez é a virtudes dos corruptos nos dias atuais é a vida na política brasileira. Tornou-se exigência ser polido, educado, de boas maneiras. Assistir a TV câmara ou a TV Senado é uma programação de humor a que me reserv

Olha eu aqui, de novo, catucando a Jurubeba.

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Depois de alguns dias de meditação volto a escrever no blog. Mais do que nunca fiquei muito pensativo se não estava na hora de fazer a opção que muitos fazem: fechar os olhos para injustiça e aproveitar as oportunidades que aparecem mesmo que elas sejam negar os princípios pelos quais se aprendeu que a vida vale a pena. Mais do que tudo meu tempo de sentir vítima da sociedade, se é que já tive algum, definitivamente já passou. Meu dever, sinto, é lutar, não contra a sociedade, mas a favor da sociedade. Afinal, creio que  a felicidade de um é a felicidade de todos, e infelicidade de um é também a infelicidade de todos. O motivo dos meus pensamentos demorados foram os acontecimentos do início de ano. Olhando rápido a impressão que tive é que sofri algumas injustiças, mas olhando direito, vejo que o que aconteceu era mesmo o que tinha de acontecer, portanto, não houve nada de errado. O que parecia perda vejo que na verdade foi ganho, e, que  o que vale na vida mesmo é a consciência tran

O Congresso da UNE e a dinâmica do Movimento Estudantil: Do que precisam nossos estudantes.

Na semana que se instala o congresso da UNE ( União Nacional dos Estudantes), em Goiânia, duas outras notícias ligadas a Educação chamam minha atenção: a primeira, a decisão do MEC  ( Ministério da Educação) de fechar vagas em diversas Universidades particulares; a segunda, bem mais cruel, o fracasso generalizado dos estudantes de direito na prova da OAB ( Ordem dos Advogados do Brasil). Tais notícias levam a duas reações distintas: de um lado alguns que defendem o fim do exame da Ordem, e, de outro, aqueles que entendem que a educação superior caiu de qualidade após a expansão via ensino particular. A defesa do fim do exame da Ordem é um disparate. Poderia se falar em aperfeiçoamento, por fim, jamais. O exame da ordem é o que garante o mínimo de qualidade para a formação dos futuros profissionais. Na contramão dos que defendem o fim de tais exames, creio que deveria haver lei que exigisse exame para todas as profissões. Isto, por que é fato: O ensino superior perdeu a capacidade de da

A embriaguez como pecado capital ou O Remédio de minha tia para problema dos rins.

Muitas pessoas têm vergonha dos vícios que possuem. Vícios, em sua maioria são pecados capitais. A luxúria, a gula, a ganância, a avareza, a embriaguez de todos os tipos; são alguns dos chamados sete pecados capitais. Diz-se que os pecados capitais nunca estão sozinhos, são unidos, por vezes vivem todos juntos no mesmo hospedeiro co-habitando no mesmo espaço, muitas vezes desafiando mesmas as leis da física. Quando o assunto é embriaguez quase sempre vem acompanhado da luxúria, da torpeza e de alguns outros quesitos mais. E não se pode falar que embriaguez é apenas o uso de bebidas que nos faz perder a lucidez dos sentidos. Embriaguez é tudo aquilo que nos faz perder a   lucidez dos sentidos. Assim, não é de se assustar que tem muita gente por ai embriagada de futebol, de trabalho, de religião, de conhecimento. A embriaguez entorpece cega, mutila nossa visão correta das coisas, e, quando menos, distorce a realidade. Dizem que a embriaguez, segundo o dicionário Aurélio, é o entorpecime

A fantástica história de Didi Mentira

Dizem que Didi mentira viveu nas margens do Rio Claro no Estado de Goiás, mas precisamente no município de Caçu. A história que se conta é que recebeu a alcunha de “Didi” por ser engraçado, em alusão ao Didi do grupo “Os Trapalhões”. Não posso dizer se Didi mentira ainda está vivo. A   história que ouvi refere-se apenas ás suas fantásticas mentiras. Ele era engraçado por mentir, mas não era aquela mentira maldosa, com objetivos de tirar vantagens ou coisas que o valha. Era a mentira que tornava a vida mais alegre. E Didi não mentia como quem inventava histórias; suas mentiras pareciam fazer parte de sua vida, mas do que uma mentira o Didi de caçú parecia viver em um mundo imaginário; um mundo feito de acontecimentos nas quais só as crianças são capazes de acreditar. Talvez Didi mentira não mentisse, fosse apenas um ser que acreditava em seu próprio mundo. A mentira é   definida como sendo um nome dado a afirmações falsas ditas por alguém que sabe, ou no mínimo suspeita de tal falsidade

O episódio Marina Silva e o Cartel dos Partidos Políticos no Brasil

A saída de Marina Silva do PV está sendo tratado pela imprensa como uma polêmica envolvendo métodos de direção e democracia interna em um partido. É um erro. A saída de Marina Silva do PV tem um significado muito maior do que parece ao primeiro olhar. O professor Vanderley, Filósofo goiano destilou em seu blog recentemente que na verdade vivemos um momento de ditadura no Brasil: a ditadura do partido único – o partido do capital. A saída de Marina Silva do PV, é uma demonstração da verdade. O capital reassume mais um espaço e a sociedade fica ainda mais indefesa. No Brasil formou-se um cartel na política, uma coisa incrível pois o capital conseguiu tornar-se representado em todos os partidos, e, praticamente calar a voz do povo e dos trabalhadores. O movimento começou quando a social democracia do PSDB optou pelos banqueiros e o seu principal representante esqueceu o que escreveu no passado. Depois, foi a vez do PT,  quando na carta aos brasileiros iniciou um processo que culminou em

A corrupção nossa de cada dia

Quando Palloci caiu tentei não escrever sobre o assunto aqui no blog. Resisti, mas por fim, uma leitora pediu. Queria saber o que eu escreveria sobre o assunto. Então levantei a tese de que a queda de Palloci representava apenas uma conseqüência lógica do jogo do poder, e da forma como o jogo do poder é jogado na atualidade. Tento esclarecer melhor agora: O jogo do poder na atualidade não é jogado com o objetivo de governar a sociedade, e sim, e quase que apenas no sentido de atender aos interesses egoístas dos envolvidos no jogo. Isto parece senso comum e óbvio, não é. Tudo é feito como se fosse o interesse do povo que está em disputa, quando na verdade a única coisa em disputa é quem será o próximo a ser desmoralizado. No jogo do poder quase todo mundo sabe os podres de todo mundo. No caso de Palloci tudo começou e terminou com o interesse dos partidos aliados por cargos. Digo terminou por que a nova ministra assumiu dizendo que infelizmente não iria atender aos pedidos de todos, e

Perdão para os dirigentes do Brasil III – O segundo reinado

Senhor, eu lhe peço o meu perdão. Para este pobre menino; Ele não teve juventude; coitado era arrimo. Não sei como o coitado conseguiu tanta paciência; Vivendo entre liberais, estudando a ciência; Ouvindo conservadores, todos vítimas da demência; O pobre ainda cresceu e governou até a convalescença. Este menino foi D. Pedro de Brangança; Vulgo Pedro II. Ele acreditou na perseverança; E que o Brasil era seu mundo. Assim que assumiu o trono, Enfrentou revolução. Foi o bravo do Gaúcho; Que cansado de enrrolação; Acreditou que podia fazer do Sul uma nação. Depois veio a praieira E, mais ainda, a balaiada. E pra não fugir das tradições; Tudo acabou em nada. Só serviu mesmo pra fazer uma consolidação; E os interesses dominantes prevaleceu sobre o povão. O povo não participava, e ainda tinha a escravidão. O imperador barbudo, outras guerras enfrentou. O oribe, e os Rosa, nas terras do Uruguai; E outra mais importante, nas terras do Paraguai. E se o imperado não tinha como recorrer a um Me

Perdão para os dirigentes do Brasil II – O primeiro reinado.

Senhor, neste capitulo especial. Perdoa D. Pedro I. Ele sofreu de dar dó; Ao inventar ser brasileiro. O D. Pedro é o homem sinônimo da Covardia. Primeiro renunciou ao trono de Portugal. Passou o trono para filha, Por medo de se dar mal. E como já não bastava ter inventado uma nação; O Covarde do D. Pedro era uma confusão só. Inventou uma constituição; E se envolveu no assassinato de um tal de Badaró. E como em toda encrenca, tem um mineiro no meio; Lá foi ele para as bandas de minas Tentando não fazer feio. E por tudo, lá termina No meio de um cafezal, Por medo de ser dar mal. O medroso do D. Pedro, Volta pra Portugal. Deixou toda esta encrenca para o coitado do filho Que tinha só cinco anos; Não sabia se vestir de pano E nem mastigava milho. Daí veio à desgraça do destino galopante. A tal da regências, trina, provisórias; Era tudo acachapante; Depois veio a tal da una, a renuncia revoltante. E, ai, Araújo Lima, cansado de tanta besteira; Inaugurou o golpismo nas terras brasileir

Pedido de perdão pelos governantes do Brasil - I do Descobrimento a Independência.

Senhor, Eu lhe peço perdão pelos dirigentes do meu país. Não quero ser negligente por, nenhum deles, senhor; Por isso, eu peço desde já, mesmo por aqueles de quem não me lembro o  nome. Não me lembro do endereço, e nem mesmo do telefone. É que está muito difícil fazer pedido de oração. Os pastores e padres pedem tudo, até número do cartão. Senhor, perdoa todos que já morreram, Eu sei que eles pouco fizeram, Mas já morreram, senhor. Livra-nos de ter que continuar a acender velas nos seus túmulos. Na lista dos que já morreram, senhor; Perdoa Cristóvam Colombo. Ele não sabia senhor, que isso viria ser o Brasil. Perdoa também Pedro Alvares Cabral. Ele só queria vender alguma coisa para os índios, E Ver se por aqui tinha ouro e sal. Mas perdoa, mais ainda, senhor, os deuses do vento e do mar. Foram eles que permitiram os portugueses aqui chegar. Pois, Por que não os afundaram, no meio do grande mar? Entre os políticos mortos, não faça algaravia. Perdoa, todos de uma vez, os chefes das ca

Democracia do Coronel.

Não existe mais o céu Não existe mais a lua. É tudo do coronel; Mesmo a calçada da rua. As abelhas já não fazem mais mel. As flores não são beijadas pelo beija-flor. Não se pinta mais quadros com pincel. Por que? Por que o coronel mandou. A água da velha fonte; Não corre mais e está vazia. Os pobrezinhos da cidade, Tomam banho de bacia. A reputação tem preço. A vida é mercadoria. E dizem que é tudo que mereço; No que chamam de democracia. Não existem mais caminhos; O ar, não se respira mais. O jardim, só tem espinhos. A lavoura, bananais. As estrelas , já não brilham. Ligam e são desligadas. Os carros que descarrilam. Vidas que são apagadas. É a nossa democracia. Onde abelha não produz mel, Os passarinhos não cantam, Sem a ordem do coronel.