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Mostrando postagens de setembro, 2011

Júnior do Friboi: os primeiros movimentos de um desconhecido.

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Nelson Soares dos Santos Existe uma certa desconfiança das lideranças políticas quando um cidadão bem sucedido profissionalmente ou na vida empresarial resolve tentar uma carreira política. Este fato não é uma coisa inerente apenas ao Brasil e a Goiás, mas ao mundo inteiro. Nos E.U.A, por exemplo, milionários já tentaram por diversas vezes serem candidatos a presidência da república mas, sem sucesso. Mesmo quando ambicionam apenas se tornarem membros do Senado, encontram dificuldades intransponíveis. Do outro lado, artista, atores, e, atrizes pavimentam o mesmo caminho com facilidade, tendo por lá, até mesmo um ator de filmes, nem tão bom assim, chegado a presidir o país. No Brasil, a situação não é tão diferente. Não conheço nenhum estado importante que tenha sido governado por um grande empresário. Em São Paulo, o exemplo mais intrigante é o de Antônio Ermírio de Moraes, que mesmo sendo oriundo de uma família tradicional nunca conseguiu se emplacar como político, embora dono de uma

Conhecimento: O senso comum e a consciência do novo senso comum..

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Nelson Soares dos Santos Quando me ponho pensar sobre a questão do conhecimento na atualidade, logo me vem à mente o quanto o conhecimento é para poucos. Não é coisa de marxista, a verdade é que o acesso ao conhecimento da realidade ou aos instrumentos de conhecimento da realidade é tão ou mais elitizado que o capital financeiro. Não é por acaso que já se fala em capital intelectual como instrumento do capital financeiro e se estuda as melhores formas de exploração do mesmo visando o lucro das empresas. Mas, afinal, por que o acesso à ciência é tão mal distribuído mesmo entre as classes com alto poder aquisitivo? A resposta para esta pergunta guarda em si algumas armadilhas; a primeira delas, a aparência de já poder ter havido alguma época na qual o acesso ao conhecimento válido da realidade fosse patrimônio de um grande número de pessoas. Não parece ter sido assim. Um breve olhar pelas tradições do pensamento ocidental e vemos que o conhecimento das coisas foi, parece, tributo de alg

A insônia ou a vida como vontade.

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Nelson Soares dos Santos Não dormi. senti um cansaço enorme desta vida com pouco ou nenhum sentido. Cansado de ver os inimigos avançar em minha direção e não me sentir tranqüilo o suficiente para pegar em armas, ir a guerra, e lutar com todas as forças, não importando com o potencial de destruição que as batalhas impõe aos homens de bem. Cansado de tentar evitar batalhas, tentando com isso diminuir os efeitos colaterais de uma guerra que no final, todos sabem impossível de evitar. Aproveitei a noite para estudar o pensamento humano. Filosofia, ciência, tudo que pode explicar estes sentimentos desconhecidos; estas coisas estranhas que o mundo não soube nos explicar. Nada consta nos livros capaz de nos mostrar um caminho que de fato leve a essência. Tudo parece uma meiga e grande ilusão. As religiões, tornaram-se meros fantoches de uma existência sem tempero, uma peça mal encenada, um diretor míope que não consegue fazer rir seus  telespectadores. Não, não dormi. E  a noite passou le

Iris e Marconi x Alexandre e Dario – As surpresas que podem vir em 2014

Nelson Soares dos Santos Olhar para a história pode, as vezes, nos ajudar entender o presente e até a prever o futuro. Não costumou olhar para a história da mesma forma que fazem os historiadores ou pelo menos uma grande parte deles. Olho de forma anacrônica buscando relações que ainda não foram feitas, explicações para fatos em outros fatos menos importantes. Hoje, lendo os jornais e vendo as notícias, do nada me veio a mente um fato histórico e ainda por nada diversas outras cenas começaram a se desenrolar em minha mente. Primeiro vi nos jornais as notícias sobre a UEG e o processo de reformulação, depois vi algumas coisas sobre a malfadada reforma neoliberal de Thiago Peixoto na Educação Básica; as comemorações do Secretário de Cultura do sucesso do Fórum Estadual de Cultura; o gabarito da Meritocracia. Parece um apanhado de notícias boas se olhadas do lado de um governista esperançoso de que tudo vai dar certo no final. Nas páginas seguintes dos jornais estampava a guerra fatricid

CONSIDERAÇÕES CRÍTICAS SOBRE O DOCUMENTO “DIRETRIZES DO PACTO PELA EDUCAÇÃO: REFORMA EDUCACIONAL GOIANA – SETEMBRO DE 2011

(Versão , atualizada e revisada pelo autor) CONSIDERAÇÕES CRÍTICAS SOBRE O DOCUMENTO “DIRETRIZES DO PACTO PELA EDUCAÇÃO: REFORMA EDUCACIONAL GOIANA – SETEMBRO DE 2011 José Carlos Libâneo, doutor em educação, professor titular da PUC Goiás. 1. Visão geral do documento: Diretrizes do Pacto pela Educação – Reforma Educacional Goiana          Em primeiro lugar, gostaria de acreditar que o projeto de reforma educacional goiana fosse, de fato, uma iniciativa de educação para todos, na busca de políticas públicas de recuperação da escola pública goiana no sentido de melhores resultados da aprendizagem escolar dos alunos e que ao menos sua formulação final contasse com a participação dos professores e dirigentes escolares e dos setores da sociedade envolvidos com os destinos da escola pública.          É conhecida a precariedade da escola brasileira. Os resultados das aprendizagens mostrados nas estatísticas oficiais são medíocres. Em Goiás a situação não é diferente. Precis