PPS - desenvolvimento humano, Sustentabilidade e a construção do futuro pelo presente


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Os resultados das eleições de 2012, mostrou-nos algo do qual já desconfiávamos: o eleitor anseia por ideias novas, novas forma de governar e de lidar com a coisa pública.. São muitos os depoimentos que confirma esta conclusão, desde pesquisas realizadas nacionalmente á entrevistas como publicadas no Estado, do Presidente do PSD, Deputado Federal e Secretário da Casa Civil, Vilmar Rocha á mais recente, do presidente da FAEG, José Mário. Aliás, o grande trunfo que o PSD apresentou nestas eleições foi justamente o de representar o novo, ou a tentativa de se constituir como nova alternativa. Internamente, as vitórias do Médico Luciano Rezende para prefeito na capital do Espirito Santo, e, Juninho na Cidade de Cariacica foram as expressões mais fortes do anseio do novo por parte do eleitor.

 E é atendendo este anseio do eleitor que o PPS acena pela mudança de rumos em Goiás e no Brasil. Nacionalmente, a Fundação Astrogildo Pereira começa a discutir um projeto alternativo ao Lulo-petismo por meio da criação de um laboratório de Políticas Políticas Públicas onde Intelectuais Filiados e simpatizantes iniciarão uma discussão sobre problemas que assolam a vida do brasileiro e para os quais não tem sido apresentado soluções satisfatórias, como previdência, Saúde, Educação, Trânsito, Transporte, matriz energética, segurança, etc. Por outro lado, inicia-se um debate entres os dirigentes nacionais do partido sobre a necessidade de aperfeiçoar a forma de fazer oposição, compreendendo que a denúncia é necessária e salutar, mas que para além da denúncia é preciso que se tenha o anúncio das possibilidades alternativas ao que se denuncia.

Outra discussão que se impõe parte da compreensão que embora o PPS esteja na mesma posição do PSDB e do DEM ( na oposição ao governo central), o PPS guarda diferenças de identidade em relação a ambos os partidos, e que isso impõe a necessidade de reafirmar a identidade PPssista de um partido humanista, ambientalista, socialista e democrático. Tais diferenças  serão reafirmadas no próprio processo de organização partidária, no método de participação dos governos e no método de governar onde temos a responsabilidade de dirigir os rumos das cidades onde o eleitor deu-nos a oportunidade de gerir a coisa pública.

Tais diferenças às vezes, é manifestada por meio de um discurso mais radical de que devemos já em 2014, lançar candidatos próprios aos governos e para Presidente ( sair da garupa do PSDB ..), e nos estados deixarmos de sermos células do PSDB ou dos partidos aliados. De outro lado, existem aqueles que defendem a permanência da aliança junto ao PSDB como meio de fortalecimento da construção partidária. Uma e outra posição é salutar e mostra a força da democracia interna do partido e sua capacidade de buscar o equilíbrio nas diferenças. Ao meu ver, o que os eleitores esperam do PPS é que reafirme sua identidade de partido socialista, humanista, democrata; um partido que luta em defesa da ética, da transparência, pelo combate de todas as formas de miséria, e defende um desenvolvimento humano para toda a sociedade.

 

O PPS e O desenvolvimento Goiano.

 

Em Goiás, é do conhecimento de todos que participamos do processo que reconduziu o Governador Marconi Perillo ao Palácio das Esmeraldas, tendo sido o primeiro partido da base aliada a manifestar o apoio a candidatura do Governador. Após a eleição, passamos a fazer parte do Governo por meio da Secretaria de Cultura tendo como titular o Ex-presidente do PPS e ex- candidato a prefeito de Goiânia pelo partido , o historiador Gilvane Felipe. Entretanto, é preciso pontuar que a gestão da construção partidária de Gilvane Felipe não foi positiva para o partido, e que o partido vem decrescendo em tamanho e em qualidade.

A nova gestão de Demilson Lima não conseguiu, ainda, melhorar a organicidade do partido que permitisse um debate de ideias qualificadoras da posição do partido, sobretudo perante a sociedade. Neste sentido, o não lançamento de chapa de vereadores na cidade de Goiânia foi o efeito mais nocivo desta causa; uma vez que o atual presidente regional assumiu a direção com tempo já esgotado e teve de administrar uma renhida disputa entre grupos. No final, a candidatura de Darlan Braz como vice-prefeito na chapa encabeçada pelo Deputado Elias Júnior do PMN, mostrou-se acertada, tendo mais de 10% dos votos; o que mostrou um anseio do eleitor goianiense por novas lideranças e a possibilidade de se estabelecer um diálogo profícuo com a sociedade goiana no sentido de construir projetos futuros.

As mudanças realizadas pela direção nacional com a nomeação da nova direção provisória em harmonia com a direção regional do partido, mostra o desejo de continuar este diálogo com a sociedade goiana propiciando uma estruturação do partido em toda a região metropolitana, fortalecendo a organização partidária, a inserção do partido junto aos movimentos sociais e Instituições da sociedade civil, e, criando a possibilidade do partido participar mais ativamente da definição dos rumos  do desenvolvimento do estado de acordo com os princípios defendidos pelo perante o eleitor – desenvolvimento humanizado, sustentável e fundado no respeito da coisa pública.

A participação no Governo Marconi.

A discussão que se estabelece sobre a relação do partido com o Governo Marconi tem sido, por veze, mal entendida. Não se trata de busca de um rompimento brusco com o governo, e sim, de uma melhor qualificação desta participação. Para entender a preocupação de diversos dirigentes partidários sobre esta questão é preciso compreender as responsabilidades confiadas aos lideres partidários pelos eleitores goianos, uma vez que os mandatos eletivos não são personalizados e sim partidariamente determinados de acordo com a legislação partidária.

O que se depreende disso é que nos últimos dois anos a participação no governo foi personalizada em alguns nomes e distanciou da defesa do projeto do partido e pelo qual o partido dialoga com a sociedade. Devido a falta de compreensão de algumas lideranças muitas demandas e serviços que o partido poderia prestar ao governo no sentido de construir uma administração de qualidade deixou de ser feita, e como agravante, perdemos o único mandatário eleito no pleito de 2010.

O partido sai das eleições de 2012 com um novo desenho, e necessita fortalecer-se para o pleito de 2014. Sendo assim, o primeiro desafio é compreender o PPS que temos. Saímos da eleição de 2012 com cinco vice-prefeitos, sendo três em cidades importantes como Morrinho, Planaltina e Rio verde; dois prefeitos ( Agua Fria e Ivolândia) e mais de 60 vereadores distribuídos em mais de 40 municípios. Nossa responsabilidade primeira é dar uma resposta aos eleitores destes municípios, apresentando a identidade do partido na ação legislativa e executiva. A discussão da participação no Governo não pode ser desligada de tal responsabilidade pois a relação com os eleitores é o maior patrimônio de um partido que se leva a sério. A segunda questão trata de qualificar a participação saindo da mera discussão dos nomes para a compreensão de que é preciso quadros qualificados e comprometidos com a identidade partidária, no sentido de auxiliar o governo a cumprir junto ao eleitor o projeto de desenvolvimento apresentado durante o pleito de 2010. Para além de ter nomes no governo, o partido precisa-se sentir legitimamente representado por suas lideranças e por seus pleitos na discussão dos rumos a serem tomados.

 

A construção do projeto futuro.

Compreendemos que não interessa ao Governo e ao Governador ter ao  seu lado um partido fragilizado e que se apequena cada vez mais. E desta forma é que o partido busca reencontrar-se com um projeto de crescimento. A direção regional realizará diversos encontros regionais, tendo já deliberado por encontros na Cidade de Caldas Novas e Crixás nos primeiros meses de 2013. A direção da comissão Provisória Metropolitana apresentará para deliberação dos seus membros uma proposta de planejamento estratégico para organização do partido em Goiânia e toda região metropolitana com o objetivo de fortalecer o partido já para a disputa de 2014, auxiliando assim, a direção regional na formação das chapas de deputado estadual e federal.

Após a reunião de planejamento que será realizada na segunda quinzena de janeiro, a comissão provisória metropolitana realizará uma campanha de filiação de quadros, sendo que alguns nomes já estão sendo discutidos, e diversas conversas sendo realizadas. Todo cidadão que estiver disposto a auxiliar na construção do projeto e esteja de acordo com os rumos que estão sendo definidos e tenha afinidade com a proposta política do partido será bem vindo, e será dada prioridade a filiação de quadros que tiverem a disposição de compor a chapa proporcional para 2014. Na esteira do processo de filiação, será realizado cursos de formação política, seguindo o exemplo dos Estados de Minas Gerais, Paraná e Espirito Santo, onde nenhum quadro sai candidato a cargo eletivo pelo o partido ou participa de sua direção, em qualquer que seja o nível, sem antes passar por um curso de formação política.

Todas estas atividades propiciará um fortalecimento político do partido e de sua democracia interna, e cremos que irá colaborar com o restabelecimento do diálogo com os movimentos sociais e com as instituições da sociedade civil, recolocando o partido com ator ativo no processo de construção de novos rumos para o desenvolvimento do estado e da sociedade goiana.

 

 

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