Pablo Neruda – Cem sonetos de amor
Soneto VIII
Se não fosse por que têm cor de lua teus olhos,
de dia com a argila, com trabalho, com fogo,
e aprisionadas tens a agilidade do ar,
se não fosse por que uma semana és de âmbar.
Se não fosse por que és o momento amarelo
em que o outono sobe pelas trepadeiras
e és ainda o pão que a lua fragrante
elabora passeando sua farinha pelo céu.
Oh, bem-amada, eu não te amaria!
Em teu abraço eu abraço o que existe,
a areia, o tempo, a árvore da chuva
e tudo vive para que eu viva:
sem ir tão longe posso ver tudo.
vejo em tua vida todo o vivente.
Soneto VIII
Se não fosse por que têm cor de lua teus olhos,
de dia com a argila, com trabalho, com fogo,
e aprisionadas tens a agilidade do ar,
se não fosse por que uma semana és de âmbar.
Se não fosse por que és o momento amarelo
em que o outono sobe pelas trepadeiras
e és ainda o pão que a lua fragrante
elabora passeando sua farinha pelo céu.
Oh, bem-amada, eu não te amaria!
Em teu abraço eu abraço o que existe,
a areia, o tempo, a árvore da chuva
e tudo vive para que eu viva:
sem ir tão longe posso ver tudo.
vejo em tua vida todo o vivente.
Comentários
Postar um comentário