A dengue, a internação involuntária e os políticos


Esta semana, dois assuntos chamaram minha atenção: o primeiro, a epidemia de dengue a vista se espalhando pelo país; a segunda, a questão da internação involuntária de usuários de drogas. Tais questões tem sido tratadas como problema dos políticos quando na verdade é um problema de toda a sociedade.

É bem verdade que um sistema de saúde eficaz diminuiria ambos os  males, no entanto, é preciso ponderar que o cuidado das pessoas com os seus,  e os espaços nos quais vivem é também, se não a melhor, uma boa forma de exercício da cidadania.

No caso da dengue é preciso reconhecer que se cada cidadão cuidasse dos seus espaços ( casas, lotes, etc), ficaria mais fácil o controle das pragas. A dengue para ser vencida precisa de ampla conscientização da sociedade. O trabalho dos político é importante; o trabalho dos servidores públicos da área da saúde é importante, mas a participação cidadã é imprescindível.

Na questão da internação involuntária o mesmo se repete. Se cada família conseguisse cuidar dos seus sobraria bem pouco serviço para o Estado. Em um país onde se tem bolsa para quase tudo é hora de cobrar de cada cidadão a responsabilidade pela própria vida. Acostumamos muito a falar de liberdade e pouco de responsabilidade. Falamos muito de direitos e falamos pouco de deveres.  Tudo isso tem levado a uma busca desenfreada por justiça que na verdade não passa de desejo de torcer a lei para justificas interesses que contradizem a vida em sociedade.

Ainda é tempo de cada um fazer uma boa reflexão sobre o que estamos vivendo. No caso da dengue, basta comprar um bom repelente para usar na sua casa ou em seu lote baldio, destruir tudo que possa juntar água parada e se tornar criadouro do mosquito, se, conscientizar o teu vizinho de fazer o mesmo. No caso das drogas, o começo é uma boa reflexão sobre o sentido da vida. Depois, dedicar a observar e cuidar daqueles que amamos para não deixa-los ter motivos para afundar no mundo sem volta das drogas.

Um país melhor, uma sociedade justa tem de ser construída, tijolo por tijolo. E é juntos que podemos construir, todos juntos.

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