Da responsabilidade de Governar e ser Governo sem Tolerar a Corrupção – O PPS no governo Marconi
Nelson Soares dos Santos
Duvido
que exista alguém com sã consciência que não tenha ainda percebido a gravidade
das relações dos políticos goianos com o Empresário e acusado de Contravenção
Carlos Cachoeira. Na melhor das hipóteses houve uma grande confusão entre o
público e o privado com prejuízos imensos para os homens simples do povo, os
trabalhadores, aqueles que realmente representam a maioria da sociedade goiana
e brasileira. E neste sentido, que é preciso que dirigentes políticos e
partidários assumam a responsabilidade de conduzir a sociedade para dias
melhores, sem hipocrisias, sem máscaras, afinal, o episódio Demóstenes já
representa hipocrisia suficente.
O
PPS é um partido que por ora, querendo ou não, alguns, que por acaso representa
praticamente a maioria do partido em Goiás, faz parte do Governo Marconi, que
tem como secretário de Cultura Gilvane Felipe, filiado e membro do Diretório
Regional do Partido. E por isso mesmo, que o partido deixa passar o tempo de se
posicionar de forma clara perante a sociedade sobre o escândalo Monte Carlo e
as ligações do Governador com o suposto
esquema montado pelo empresário Carlos Cachoeira. O Grande problema é que a
maioria do partido não se sente representada no Governo, nem se sente parte do
Governo Marconi, uma vez, que o próprio Gilvane Felipe alardeava que sua
nomeação como Secretário não adveio da representatividade do partido, e sim, de
sua amizade com o Governador. Fora Gilvane e seu pequeno grupo político dentro
o PPS, desconhe-se outros quadros partidários a serviço do Governo Marconi e do
povo de Goiás, apesar, de que o partido tenha tido mais de 100 mil votos para
deputado estadual, grande parte deles de legenda.
Malgrado
tal situação, O PPS tem uma responsabilidade para com o povo goiano, não apenas
pelo que já representeou na história de Goiás, mas, e sobretudo pelo que ainda
vamos representar. O PPS tem a responsabilidade de cuidar para que o tratamento
dado pela mídia ao escãdalo não distancie ainda mais, o povo e o eleitor do
exercício do voto e da política. A hora é, justamente, dos novos quadros se
apresentarem para sociedade indicando um novo rumo, e dias melhores para o
nosso povo. É por isso que creio, que mesmo aceitando que o cargo ou a
secretaria de Cultura do Estado torne o PPS parte do Governo, não podemos nos
furtar de unirmos ao povo e exigir completa apuração de todos os desgovernos representados
pelas notícias e divulgações já apresentadas na Operação Monte Carlo. Se é
verdade que o Governador não teme a investigação e está mesmo disposto a temer,
não pode ser o PPS a se negar a ficar ao lado do povo, conscientizando,
mostrando a verdade, e lutando para que a verdade apareça em toda a sua força.
Os
dirigentes e líderes do PPS de Goiás precisam se levantar na luta contra a
corrupção. No entanto, não é apenas contra a corrupção que é preciso lutar, são
muitas as outras frentes as quais exigem participação. A violência contra a
mulher, a prostituição infantil, a (in)
segurança pública, o transporte coletivo nas grandes cidades, a saúde, e, a
Educação, que no caso do Estado de Goiás, está muito aquém daquilo que o PPS
defende como caminho para uma revolução educacional. Um governo que não se
coloca ao lado do aprofundamento da democracia, que não investe na valorização
do educador, não precisa e não deve
receber o apoio do PPS. E, neste caso, mesmo que o cargo de Secretário de Estado
seja do PPS, é preciso pensar coletivamente se não é o caso de deixar o governo
e seguir um caminho que coloque o partido mais perto do povo goiano.
Pela
cultura que tem o PPS, o mínimo que se tem que fazer é proceder uma reunião da
executiva estadual do partido, discutir o caos apresentado pela Operação Monte
Carlo, e reinvidicar do Governador audiência para ouvir de forma leal e serena,
do próprio governador o que ele tem a dizer das notícias veiculadas na
mídia. E então, posicionar-se
publicamente perante a sociedade, pensando com tranquilidade nos caminhos
necessários para enfrentar a atual conjuntura sem descurar da luta por uma
sociedade justa e pelo bem comum. Do contrário, o PPS não será mais que um partido
a mais, fisiológico, corrupto e com dizem, o partido da boquinha.
Nelson Soares dos Santos é Secretário de Formação Política da Direção Estadual do PPS em Goiás, e Diretor Geral da Fundação Astrogildo Pereira em Goiás.
Nelson Soares dos Santos é Secretário de Formação Política da Direção Estadual do PPS em Goiás, e Diretor Geral da Fundação Astrogildo Pereira em Goiás.
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