Um discurso ao Meu Partido – O PPS, e ao Povo Brasileiro
Senhores e Senhoras, Dirigentes do meu Partido,
filiados e simpatizantes, e todo povo brasileiro.
O destino, senhores, este mais cruel mistério da
natureza, é o que muitas vezes dirige nossas ações. E quando, tentamos dele
nos libertar, e não conseguimos o controle , o domínio de todas as
coisas, e é o que quase sempre acontece a todo o ser humano, somos obrigado, nas
condições mais bizarras, cumprir com o nosso dever. Foi este destino, este
mistério ainda desconhecido, que quase sempre na história, colocou homens
desconhecidos no centro da história. E
quando chega um momento assim, nenhum homem com consciência da existência pode
se furtar a luta, ou ao cumprimento do dever para o qual alerta a consciência.
O Brasil vive um momento no qual não podemos nos
furtar a luta. O destino deste país é ser uma nação rica e poderosa, e mais de
uma vez, já esteve em seu caminho. E, mais uma vez, corre o
risco dele se desviar, se já não se desviou de forma lenta e perigosa, por que
sutil e mascarada. O destino desta nação é ser uma país democrático, humanista,
com valores de respeito a vida, a paz, contribuindo assim, decisivamente para
humanidade dar passos largos rumo a construção da paz universal.
Faz menos de vinte anos que vivíamos por aqui um
ambiente de total insegurança, de temor, de injustiça, provocado pela crise da
moeda, pela alta inflação que corroía os salários, e roubava do trabalhador o
pão de cada dia. Já quase não se ouve os clamores de tal epóca, e a memória
histórica parece ser surrupiada das novas gerações, roubando delas a retidão
do caminho ora escolhido. Eu estou falando a todos, de um homem, que com
serenidade e responsabilidade teve a sabedoria e a coragem de mudar o destino
das novas gerações. Muitos falam de estabilidade do real e se esquecem dos seus
fudamentos. O momento vivido pela economia brasileira não é resultado apenas de
processos econômicos, mas da responsabilidade para com a democracia, o
humanismo e todos o valores do povo brasileiro. São estes valores, que vejo se
esvaindo, e junto com eles, pode estar se esvaindo todos os fundamentos, e
desviando nossa nação do caminho para se tornar uma nação rica.
Para que entendam o que quero dizer, relembro a
todos, um dos discursos mais célebres de um presidente da república nos últimos
cinquénta anos, pois, é o único discurso, que produziu resultados práticos e
mudou a vida dos brasileiros, abriu o caminho para a redução das desigualdades sociais,
e para uma nova etapa da história. Este discurso, senhoras e senhores,
dirigentes do meu partido, e moços e moças de todo o Brasil, é o Discurso do
Presidente Itamar Franco, realizado no dia do lançamento do plano real. Leiamos
a introdução do referido discurso:
"Os homens são
construídos pela vontade. E esta mesma vontade reunida pela esperança, levanta
as nações e as projeta no tempo em sua necessária aspiração a eternidade. A
vontade, mas do que o vento, mas do que as volúpias correntes marinhas, trouxe
as caravelas a esta terra para em seguida abrir os caminhos aos sertões, e
cruzar a linha de tordesilhas, até a muralha ocidental da cordilheira e
edificar a mais importante das sociedades do equador..... A esta vontade tão
poderosa, tem faltado ao longo do século, e mais ainda ao logo de este século
outra e insdipensável virtude, a virtude
da justiça. Desprovido do espirito de justiça os homens podem ser
individualmente prósperos, mas não podem fazer uma ricas as nações. Desprovidos
de justiça que deve ser o instrumento prático ao dar equidade de valor aos
trabalhos e aos bens, a moeda perde o respeito dos homens, e longe de servir
aos povos, corrompe a sociedade, desfaz os valores morais, destroça a esperança
e enfraquece a vontade.”
O que vemos acontecer desde o Governo FHC, que
sucedeu a Itamar Franco, é um desvio deste caminho escolhido. A estabilidade da
moeda que era pra ser uma conquista de todo povo brasileiro, foi usada para
conquistar a reeleição; o que era para ser instrumento de justiça, tornou-se
instrumento de manutenção do poder. Logo em seguida, outros que antes, tanto
criticaram o plano real, a ele aderiram, com um falso discurso ético para, por
meio de a estabiliade alcançar o poder, mas sem os fundamentos que a nação
exigia para continuar no caminho de construção de uma nação rica e justa, por
que lhes faltava a ética e a transparência, como ficou claro, nos diversos
escândalos do Governo Lula.
Escândalos e mais escândalos, recheados de
traições, com uma profunda da negação da justiça vem fazendo enfraquecer a
vontade do povo brasileiro, a mesma vontade citada por Itamar Franco, que levou
os caras pintadas a rua, e criou condições sociais para a execução de um plano,
que contou a união de todo povo brasileiro para resgatar a confiança da moeda
brasileira, e mais, ainda, resgatar a confiança do povo, a instituição de um
desenvolvimento com bases seguras. É desta vontade que precisamos agora falar.
Como naquele dia, é desta vontade que precisamos fazer uso, uma vontade forte,
uma vontade que constrói os homens, aliado ao espírito de justiça e a
esperança, e que une a todos, na busca da felicidade.
O momento atual, exige de todos nós um compromisso
com a ética e a transparência, com os valores de respeito e defesa da vida, o
compromisso com a justiça. O que vemos, é que a estabilidade da moeda tornou
muitos brasileiros individualmente prósperos, mas não estancou a corrupção,
pelo contrário, estamos vendo o povo sendo corrompidos, crimes sendo tratados
com naturalidade, e nos permitindo esquecer o que disse, nosso memorável
presidente Itamar. “Toda crise financeira relaciona-se com as crises políticas
e as crises morais”, e, ao não perceber a força desta verdade, não conseguiu
ver, escrito diante de nós em letras garrafais, que a crise moral que o país enfrenta
que a corrupção deslavados a que tantos agentes públicos estão envolvidos é a
semente maliga de futuras crises financeiras, e de desestabilização social.
A estabilidade da moeda, o modelo de
desenvolvimento seguro implantado pelo plano real, trouxe riquezas e
prosperidade individual, mas não trouxe, sequer na mesma proporção, a justiça
ansiada pelos milhões de brasileiros. E por não ter sido acompanhado pelo
espírito de justiça, motivado pelos maus exemplos dos líderes de dirigentes do
país, que vencidos pela ganância, envolvidos pelos vícios tão caros a natureza
humana, é esta mesma riqueza que contribuiu para o enfraquecimento da vontade do
povo, tornando a desonestidade uma coisa normal e generalizada, o uso da
propina como facilitador da vida, e em suas consequências maiores, os grandes
escândalos que vem varrendo todo país. É inadmissível que governadores de Estado,
senadores da república, parlamentares que dirigem o destino da nação, estejam
envolvidos em situações criminosas, de desvios de verbas públicas, que na
prática, contribui para deixar na miséria e na inanição milhares do nosso povo.
As principais vítimas são os usuários da serviços públicos de sáude, segurança
e educação, serviços estes, tao caros a qualidade de vida e ao desenvolvimento espiritual do nosso povo.
Somente uma vontade forte, vinda do povo, da alma
do povo, capitaneada por líderes comprometidos será capaz de deter tal
situação. Urge que construamos trincheiras de lutas em torno da defesa da
Educação Pública de qualidade, uma educação que longe de ser um negócio, seja
um instrumento de desenvolvimento da pessoa humana, e de enriquecimento
espiritual do povo. Saúde e segurança, também deverão ser vistos como
investimento, pois é condição inprescindível para que o povo tenha
tranquilidade e condições de exercícios do mais alto potencial.
O nosso partido, O PPS, Partido Popular Socialista,
é um partido que tem todas as condições de assumir a responsabilidade, de neste
momento crucial, indicar os caminhos possíveis para que a sociedade brasilieira
retome sua força de vontade, vontade de ser uma não rica e justa, com valores
morais humanistas de justiça e de paz. Para tanto, não podemos fugir a esta
responsabilidade, e, não é por menos, e não é pouco simbólico, que o mesmo
homem que entendeu o caminho de recuperação da confiança da moeda brasileira,
que viu que por trás da moeda e da riqueza, existe os valores morais e o
espírito de justiça como fundamentos de uma grande nação, tenha escolhido o
PPS, para terminar sua carreira política. Somos, nós, os responsáveis por
ajudar este pais a recuperar o verdadeiro sentido do plano real, o sentido da
busca da força de vontade do povo, como instrumento de um desenvolvimento
seguro, humanista e democrático.
Nestas eleições de 2012, em cada municipio onde
tenha nossa bandeira, onde exista um filiado e ou simpatizante, deveremos estar todos empenhados, não apenas
em forjar novas lideranças, mas sobretudo, no trabalho de alertar cada
brasileiro da necessidade de não se desviar do caminhos que pode transformar
uma nação em uma nação rica. Não é a prosperidade individual que deve ser
busca, é, sobretudo, a prosperidade coletiva, o desenvolvimento do espírito de
justiça, onde, a moeda ou a riqueza seja um instrumento de equidade entre
todos. Uma vez mais devemos lembrar-nos das palavras do saudoso Itamar. “ O
real é uma politica conquista de todo o povo brasileiro, exaustos das
injustiças que a inflação agrava e disposto a fazer a pátria com a qual
sonharam nossos antepassados. Só o povo, com a sua vigilância e seu empenho
ético poderá assegurar êxito permanente.”. Tais palavras deve ecoar em todos os
cantos deste país, em todos os corações, para que não desanimemos diantes dos
escândalos, para que não votemos nulo, e antes, façamos das decepções a lição
necessária para aprendermos todos juntos, o aperfeiçoamento de nossa democracia.
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