Carta aos eleitos
No Congresso Nacional do PPS no ano de 2010, na cidade de São Paulo,
estive nas fileiras daqueles que defenderam um envolvimento maior do partido na
defesa de uma Educação de qualidade no país. Naquele momento, citei um artigo
do Empresário Antônio Ermírio de Morais,
no qual ele escrever ser preciso pedir pelo amor de Deus para que
os homens públicos deste país, de uma
vez por todas entendessem a necessidade de prover uma educação pública de
qualidade para o nosso povo.
No referido congresso, foi aprovado entre outras questões, que o Partido
entraria na luta pelos 10% do PIB para a Educação, maior investimento das
prefeituras onde o partido tivesse a titularidade da prefeitura, e, uma atenção
especial aos movimentos quanto a política educacional no país. Desde então, o
partido por meio dos seus deputados deram um exemplo de disciplina partidária.
Todos os deputados votaram pelos 10%, e toda a bancada vem participando das
questões educacionais, com destaque para Stepam Necersian, representante da bancada
na Comissão de Educação.
Eu não tenho dúvida que o comportamento da Bancada de deputados federais
foi importante para melhorar a imagem do partido junto ao eleitorado que luta
pela educação, e, que foi este um dos fatores do crescimento do partido, aliado
a sabedoria nas negociações quanto a coligações e a luta ambiental. Uma prova
de que a educação é uma luta premente do povo brasileiro foi a eleição de
Amanda Gurgel na cidade de natal com um Recorde de votos após ter ficado famosa
por enfrentar a Assembléia Legislativa do Estado, com um discurso em defesa da
Educação.
No entanto, nos estados, os representantes do PPS ( deputados estaduais,
vereadores e as cúpulas partidárias nos estados), não tem tido a mesma postura
da Direção Nacional. Pouco se vê deputados estaduais do PPS, envolvidos nas
lutas educacionais, e ainda menos, iniciativas nas Assembléias Legislativas
onde temos representantes. Precisamos que todo o partido se envolva. A luta
pela educação é mais que uma luta partidária ou institucional, é uma luta que
precisa envolver toda a sociedade.
Por esta razão é que penso ser um momento alvissareiro, julgando pelas
vitórias expressivas que tivemos em capitais e cidades de grande porte, lembrar
a Esta Direção que é o momento de manter
viva a discussão feita no Congresso, e garantir que os prefeitos e vereadores
eleitos tenham o mesmo compromisso que tem tido os deputados federais. No caso
de Vitória, Cariacica, Ponta Grossa; que serão cidades vitrines do partido,
doravante, é preciso garantir a aplicação do percentual votado no congresso,
aliar competência técnica ao compromisso político com a Educação, e, sobretudo
propor uma política educacional que buscando o máximo de harmonia com os
Governos Estaduais e Federais, garanta:
1.
Erradicação do Analfabetismo
2.
Acesso Universal a Educação Infantil.
3.
Mudanças nas formas de Avaliação.
4.
Gestão eficaz dos programas de inclusão visando
a qualidade do Ensino
5.
Investimento na Formação de Professores
pesquisadores
6.
Elaboração de planos de carreira que garanta uma
valorização real do Educador
7.
Instituição de Escolas de tempo Integral,
visando o acesso a todas as formas de cultura e lazer.
Creio que este é o momento de mostrarmos as diferenças entre quem
discursa e quem faz. Em dois anos, uma boa política educacional centrada em uma
filosofia humanista e universalista de Educação será possível sentir mudanças
em todas as áreas da sociedade, na família, nas ruas, no trânsito, na saúde,
etc. Então, poderemos mostrar, que o gasto com educação é na verdade um grande
investimento e um dos caminhos para a luta contra a violência e alto índice de
criminalidade que assola o país.
Certo que a Direção Nacional aprofundará a reflexão sobre o tema coloco-me a disposição para criarmos um
Núcleo de Debate no partido, para que venhamos a ter uma proposta de política educacional concreta e com a cara
do nosso partido – humanista, socialista e ambientalista – e tenhamos assim
condições de subsidiar nossos prefeitos e vereadores na luta local pela
Educação.
Nos laços do
Humanismo, despeço-me.
Nelson Soares dos Santos.
Técnico em Magistério
Licenciado em Pedagogia
Mestre em Educação Brasileira
Secretário de Formação Política e Diretor
regional da FAP - Goiás
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