Organizações Sociais e Educação – Marconi, a aventura dos empresários e os novos presos políticos
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O mais recente e
escabroso capítulo das OSs em Goiás teve como ápice a prisão de estudantes e
professores que estavam na ocupação da Secretaria de Educação. Ao ver a
entrevista de um dos professores da Universidade Federal de Goiás fiquei com a
impressão de que o que acontece em Goiás é prenúncio de algo ainda mais grave
que pode ocorrer em todo país. Na verdade, os políticos da direita sentem-se a
vontade, devido a crise moral e ética que amarga o Partido dos Trabalhadores,
para ressuscitar velhos modos de se fazer política e tentar resolver problemas.
Quando se observa o
espectro dos partidos políticos no Brasil você encontra uma grande confusão que
não permite saber, pelo menos em um primeiro olhar, quem é quem no balaio de
gato de que se tornou a política nacional. Em todos os partidos tem gente de
todos os tipos. E é preciso, na verdade, encontrar novas palavras para definir
as nuances e idéias que rondam os projetos de sociedade que cada um defende.
Algumas coisas, no
entanto, vão ficando claras. Primeiro que se pode dizer que tanto o modelo
capitalista quanto o modelo socialista está morto não se pode dizer o mesmo das
demandas que cada um buscava resolver ao seu modo. Segundo, que o que continua
atual é a luta do homem para dominar o seu semelhante e explorar tantos estes
como a natureza em busca de realização e satisfação dos seus desejos mais
gananciosos.
A velha questão dualista
entre o Ser e o Ter deve voltar ao debate. Afinal o que pode trazer felicidade
ao homem? Hoje o ter sobrepõe ao ser, e tudo, tudo mesmo está transformado em
mercadoria. É neste diapasão que Marconi coloca a Educação nas mãos da
iniciativa privada. Para aqueles que assumem as OS parece um negócio da china.
Imagina uma escola de 1.600 alunos com uma mensalidade de 350 reais por mês sem
nenhuma inadimplência? O que não percebem é que tudo na natureza tem dois pólos.
Não estão olhando o efeito que esta nova realidade vai provocar na sociedade.
Os novos presos políticos
são o anúncio de uma Nova era, um novo momento que antecipa as futuras lutas
democráticas. Quando o direito de manifestar é visto como vandalismo, quando se
utiliza dos mecanismos mais horrorosos para criminalizar o exercício da
cidadania apostando na crise ética e moral que a sociedade vive, só pode ser o
prenúncio de que ou a sociedade se esclarece ou tempos ruins estão por vir.
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