A Eleição na FAFICH e o GRANDE eleitor
Nas eleições para diretor da FAFICH este ano, na verdade, só temos um grande eleitor. O Nome dele é Marcelo Coelho. O Prefeito da Cidade de Goiatuba. È simples minha tese. Nas medidas legais o que a comunidade acadêmica pode fazer é eleger uma lista três nomes, ou seja, dentre todos os candidatos os três mais votados formam a listra tríplice. Uma vez a lista forma, a lei faculta ao prefeito escolher qualquer um dos três, sem incorrer em ilegalidade, e nomeá-lo como novo diretor da Faculdade. Ao fazer isso, o prefeito estará nada mais fazendo que cumprir rigorosamente a lei, mesmo que o escolhido por ele tenha sido o preterido em votos pela comunidade acadêmica.
Foi o que aconteceu na eleição passada. Dentre todos os candidatos o mais votado foi o professor Marcos Pereira, preterido, uma vez que o prefeito preferiu nomear a professora Dulce, que ficou longe de ser a mais votada, tanto entre os alunos quanto entre os professores.

O resultado político da hístória nós conhecemos. Para acalmar a "ira" dos "vencendores" perderdores o Professor Marcos Pereira foi "convidado" pelo Prefeito para assumir a Secretaria Municipal da Educação. Na época eu fui um dos que alertei para o fato de que mesmo que fosse um sucesso como secretário o professor Marcos não se sustentaria após o processo eleitoral, pois estes tipos de arranjos políticos na democracia brasileira, já está mais que claro que não funciona, pois contempla apenas pessoas e nunca plataformas de medidas a serem adotadas ou planos e políticas a serem seguidas.

Não fosse a chegada do novo Presidente Cleiton Camilo à FESG, a situação da FAFICH hoje seria totalmente lamentável. A gestão Alzair/Dulce propugnou por uma política de desvalorizar os cursos de licenciaturas, havendo inclusive ferrenhas discussões nas reuniões internas onde sempre estava presente as propostas de fechar cursos como Pedagogia, Letras e Educação Física. A chegada do novo presidente barrou as pretenssões nada claras da Direção Acadêmica que discursava pelos corredores que os cursos deficitáris tinham de serem fechados, não compreendendo eles que o crescimento de uma faculdade e sua transformação em Centro Universítário não pode ser avaliado pela rentabilidade lucrativa de um ou outro curso, mas pelas possibilidasdes lucrativas da totalidade, pois a idéia de Universidade pressupões que os cursos se completam em suas atividades para a formação de recursos humanos qualificados.

Mesmo com a chegada do novo presidente a gestão pedagógica da professora Dulce continuou temerária. Eu mesmo fui diversas vezes vitma do desconhecimento da prática eficiente de gestão pedagógica, chegando ao absurdo de se ter feito reuniões e mais reuniões para encontrar formas de fazer avaliação de minha pessoao objetivando buscar minha demissão. Em um destes casos fui salvo pelos alunos, pois os mesmos entenderam que as cobranças feitas por mim em sala de aula tinham o único objetivo de ajudá-los a crescer no processo de Ensino-aprendizagem. Mesmo assim, o disparate da direção pedagógica ir até as turmas, e segundo depoimento de alguns alunos pressionar os mesmos a fazerem abaixo-assinado para buscar a minha demissão é tanto hilário quanto idiota, pois não se avalia professor desta forma.

A avaliação docente é feita de forma institucional, ou seja, avaliando as condições sob as quais o docente ministra suas aulas. Desta feita, caso eu fosse mal avaliado pelos alunos eu poderia mesmo ter arguido em minha defesa, ( e já existe julgado neste aspecto), que o grande problema que meus alunos não tem desenvolvido com destreza a aprendizagem se dá inclusive pela maneira discriminatória pela qual tenho sido tratado durante anos nesta Instituição.

Os gestores pedagógicos, tanto os que me demitiram cinco anos atrás, quanto aqueles que ainda estão no poder, sendo a professora Dulce um dos últimos resquícios, parece não compreender o que é o ato educativo. Não primam pela relação de aprendizagem nem tão pouco pela criação de uma ambiente de aprendizagem na Instituição. Não valorizam os professores que buscam qualificação, que luta para melhorar em quantidade e qualidade o número de publicações, e participar de congressos das referidas áreas de conhecimento.

Um dos exemplos da inépcia da atual gestora pedagógica é o pouco interesse que demonstra pela iniciação científica e pela criação do Laboratório de Línguas. No primeiro caso, eu propus a criação de bolsas de iniciação científica e ministrei um primeiro mini-curso para aprofundar conhecimentos sobre o que é ciência aos alunos que desejassem participar; em vez de apoiar a atual diretora fez campanha aberta para que a FESG não pagasse os honorários relativos ao curso, como se alguem nesta vida trabalha de graça. No caso do laboratório de Língua, uma iniciativa que traria benefícios a todos os cursos, principalmente ao curso de Direito, pois tais profissionais trabalham diretamente com e leitura e escrita e necessitam de uma segunda língua, a diretora não apenas não envidou nenhum esforço, ( pelo menos que seja do meu conhecimento);. como ainda no mês de junho chegou a noticiar que o curso de letras teria suas atividades encerradas. O curso de letras só não foi fechado por que a presidência em reunião na Cidade de Rio Verde na Reitoria da Universidade de Rio Verde, recebeu e acatou a idéia de conceder bolsas aos alunos do curso de letras, manter o curso mesmo deficitário com o compromisso dos professroes e coordenador do curso dar andamento na execução dos cursos de extensão e ao laboratório de Línguas para beneficiar de alguma forma os demais cursos da Instituição. Que eu saiba, as coisas não tem andado como o combinado, e é responsabilidade da Direção pedagógica zelar pelo planejamento pedagógico da Instituição.

Uma outa proposta feita por mim mesmo, é o "Projeto Escola Nota 10". A proposta é utilizar os alunos estagiários, o espaço ocioso da faculdade no turno matutino e noturno para criar ambiente de aprendizagem que potencialize a formação dos estudantes da rede básica do munícipio. Fiz reunião fechada com toda a equipe de gestão pedagógica, foi criado todas as condições na Secretaria Municipal de Educação, e, quando chegou a hora de colocar em prática o projeto, por meio da seleção dos estagiários, todo o trabalho foi simplesmente ignorado como se nada tivesse sido feito. Tendo que recomeçar tudo de novo, por meios burocráticos e de inúmeros protocolos que pela rapidez com que se dá quorum nas reuniões da Instituição certamente que o projeto não sairá do papel nunca.

Imagino que cada professor, tem histórias semelhantes para contar. De um tempo para cá percebi que não é perseguição a minha pessoa apenas, é ineficiência e ineficácia mesmo. A direção Pedagógica não tem clareza de qual é o papel do gestor pedagógico, já discutido por mim, em artigo anterior. Sem clareza do papel a ser exercido e com uma tremenda falta de humildade para ouvir, não é dificil que fiquem andando em circulos sem saber para onde ir.

Nestas condições é que preocupa-me o papel de grande eleitor do Prefeito Municipal. Ora, embora alguns tenham dito que o prefeito tenha afirmado que vai nomear o mais votado, nada o impede que ele mantenha a professora Dulce. A Lei o permite isso. Ele não estará fazendo nada legalmente errado. Portanto, é mister que além de votar a comunidade acadêmica que entende os desastres desta gestão deixe claro ao senhor prefeito que a continuidade da tranquilidade acadêmica depende da substituição da Professora Dulce, pelo candidato mais votado. Aliás, ao meu ver, mesmo que a diretora Dulce seja a mais votada não deveria ser a indicada, pois neste momento de crescimento a Faculdade precisa de pessoas que acredite no crescimento da Instituição, no crescimento de todos os cursos, e na missão da Instituição que é prover o acesso ao Ensino Superior a todos os filhos de Goiatuba e Região.

Por que digo isso? É simples. Com o mal entendido que é nossa democracia, onde ainda se ganha votos dando tapinhas nas costas e fazendo promessas, que na maiorias das vezes não são cumpridas, ou mesmo, fazendo promessas apenas nas possibilidades da expectativa do poder, é possível que a professora Dulce venha a ser a mais votada, mas certamente ela não representa o futuro da Instituição. Ela representa um passado do qual deveríamos ter vergonha, de grupelhos e de perseguição pessoal. O momento, agora é outro, é de olhar para frente, seguir em frente, transformar a FAFICH em Centro Universitário, fortalecendo todos os cursos existentes, ampliando o número de alunos e cursos, e criando cursos de extensão e pós-graduação que propicie aos filhos de goiatuba e região alta qualificação humana e tecnológica.

A democracia deve nos sevir para avançarmos, não para olharmos para trás. A democracia deve servir para que aprendamos com os erros a escolher melhores gestores, mais qualificados, e que compreendam o serviçõ que se tem que fazer. Gestão pedagógica é trabalho para profissionais altamente qualificados e experientes, não para amadores que passam o tempo envolvidos em simpatias e antipatias.

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