Domingo.


Possa eu viver com esta saudade cruel;
Que amarra meus pés e machuca o coração.
E coloca em meus lábios palavras de mel.
Quando estou amargo e caído ao chão.

A vida não nasce no sol da manhã,
o corpo languido e inapetente.
O peito varrido de um dolorido afã,
tocando uma boiada dentro da gente.

E segue o destino quando tudo se esvazia.
A mente, sem domínio e em polvorosa.
Enfrentando os demônios do meio dia,
As mãos sangrando pelos espinhos da rosa.

Cansado, exausta, em uma cama fria.
Relaxa, dorme, sonha, morre, na vida sem você.
E nos sonhos de mares, e, de maresias..
Perde-se na escuridão por que os olhos não lhe vê;
E a tarde se vai, se esgota, com brisa e calor.
A noite chega, invade, devagarinho com a escuridão.
E o peito ainda se revolve de terrível dor.
E sangra, e esguicha o pobre coração.

E o dia se vai, de preguiça, saudade e dor.
Seguindo a estrada, o circulo do viver.
Aprendendo que amar na saudade, dilacera-se em dor,
E que os mistérios da vida é nascer e morrer.

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