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Mostrando postagens de 2018

Igualdade Racial - Um tema que deve ocupar nosso tempo

Nelson Soares dos Santos No ano de 1998, entrei em contato pela primeira vez com os movimentos emancipadores da raça negra. O primeiro movimento foi a UNEGRO  ( União dos Negros pela Igualdade), movimento ligado ao PC do B ( Partido Comunista do Brasil), e que em seu estatuto já previa uma luta fundada não no enfrentamento entre as raças, tão pouco a busca da supremacia de uma raça sobre outra. Nos encontros e discussões com outros movimentos  MNU ( Movimento Negro Unificado), dentre outros, ficava claro a diferença de concepção. Neste tempo, mergulhei em leituras de biografias como  Malcom X, Martim Luther King, Nelson Mandela, Zumbi, Os abolicionistas brasileiros como Zumbi, Joaquim Nabuco, dentre outros. Comecei perceber que a leitura feita pela UNEGRO era a mais correta, uma vez que com o processo de globalização a pregação de emancipação de qualquer raça e ou nação em detrimento das demais é um desserviço a paz mundial e a evolução da humanidade. Quando cheguei no PPS

Um Brasil que começa: A contribuição do ENEM para a Democracia.

Nelson Soares dos Santos Há quatro anos atrás, o tema da redação do ENEM foi sobre como a televisão manipulava o telespectador impedindo-o de forma uma ideia correta da realidade. Hoje, quatro anos depois, o ENEM praticamente repete o tema, entretanto desta vez, o instrumento de manipulação é o uso da internet. Diferente da televisão, a internet por meio da redes sociais capta muito mais dados dos usuários, e, através deles fica fácil compreender que tipo de mensagem o usuário está propenso a receber e “aceitar” como verdade.  E sendo assim, é possível levar o usuário a crer em notícias que estão longe de refletir a verdade ou a própria realidade. Na prova do ENEM deste foi apresentado dois textos e um gráfico para ajudar o candidato a pensar em uma possível redação. No primeiro texto, faz alusão aos algoritmos para explicar como os aplicativos “escolhem” músicas que formam o gosto  musical de uma pessoa qualquer, a partir dos dados que estas pessoas disponibiliza nas

Brasil - Uma democracia racial: um sonho que não pode acabar.

Nelson Soares dos Santos Já escrevi mais de uma vez neste blog que nosso país, e nós estamos condenados a construir aqui uma democracia radical. É  nosso dever construir um país que propicie oportunidades iguais para todos na base; é nosso dever ser um país onde a tolerância religiosa seja desenvolvida ao seu nível máximo. É nosso dever construirmos um país onde a liberdade seja nosso guia, o amor e a compaixão sejam nossos alimentos. E é por isso que também aqui será o lugar onde todos os povos devem encontrar o seu canto para chamar de meu lar. Somos o país de todos os povos. Não é um sonho novo, não é uma luta nova. Gilberto Freire em sua obra “Casa Grande e Senzala” escreveu : “ Eu ouço as vozes eu vejo as cores eu sinto os passos de outro Brasil que vem aí mais tropical mais fraternal mais brasileiro. O mapa desse Brasil em vez das cores dos Estados terá as cores das produções e dos trabalhos. Os homens desse Brasil em vez das cores das três raças terão
Vivemos em um ambiente totalitário e caótico.  Sim. As evidências estão ai para todos que quiserem ver. Vivemos em um ambiente totalitário e caótico. E não, Bolsonaro não é o único problema, embora possa ser o maior vetor de legitimação da violência, racismo, machismo, etc. O nosso problema é social. Não se pode negar que quase metade da população aderiu a uma forma violenta de ver o mundo e a vida; e pior, aderiu a soluções violentas, até mesmo para questões que sequer deman dam violência. Não dá pra negar que o problema está nas famílias, nas igrejas, nas escolas e em todas as instituições. Líderes evangélicos eminentes como Silas Malafaia, Edir Macedo, RR Soares, Valdemiro Santiago e outros menores, pregam o ódio abertamente. Não se pode negar que o ódio tomou o lugar do amor como fator motivacional. O Combate a corrupção se transformou em desejo de vingança, ou em expressão de uma pulsão de morte contra tudo que é diferente. Direcionar todo este ódio contra o PT, ou ao "Anti-

Combatendo nosso Fascismo Interior.

No ano de 2012 li este texto em um curso de formação política para vereadores. Ele nunca foi tão atual como agora. Se quisermos combater o fascismo precisamos ter a coragem de olhar no espelho e enfrentar o processo psicoanalítico.  O Fascismo interior. Todos temos um fascista alojados em nosso espírito. Combater toda forma de fascismo. Parafraseando Paulo Freire: hay que dudar del opressor alojado en el oprimido. (G.G.Kirinus). Essa arte de viver contrária a todas as formas  de fascismo, que sejam elas já instaladas ou próximas de ser, é acompanhada de um certo número de princípios essenciais, que eu resumiria da seguinte maneira se eu devesse fazer desse grande livro um manual ou um guia da vida cotidiana: Libere a ação política de toda forma de paranoia unitária e totalizante; Faça crescer a ação, o pensamento e os desejos por proliferação, justaposição e disjunção, mais do que por subdivisão e hierarquização piramidal; Libere-se das velhas categorias do Negativo (a lei, o limite,

E agora? Quem irá nos defender? – O Dilema dos trabalhadores Goianos.

Nelson Soares dos Santos [1] Até o dia 07 de abril estará definido quem poderá ou não ser candidato nas eleições deste ano. Funciona mais ou menos assim: Quem quiser ser candidato deve estar em dia com a justiça eleitoral e filiado a algum partido político. Isto significa que a partir de 07 de abril já podemos imaginar que pessoas poderão ou estarão dispostas a governar o estado, ser deputado estadual, federal ou Senador. Esta semana tem sido de muitas movimentações. Muitos parlamentares mudaram de partido. A mudança de partido tem basicamente dois significados: a primeira é que a pessoa ou parlamentar eleito descobriu que as ideias que defende não estão em harmonia com o partido no qual ele está defende. Isso acontece mais do que sei imagina; a segunda questão está ligada a interesses pessoais e melhores condições de campanha mesmo. A maioria dos que mudam de partido é pela segunda questão. Em Goiás, muita coisa já está definida. O PSB, - Partido Socialista Brasileiro, co

O alto índice de violência e o caos na Educação.

Nelson Soares dos Santos O último artigo de opinião que escrevi foi publicado em meu blog Observatório Goiano, no dia 20 de junho de 2016, e no Jornal Diário da Manha na mesma semana. Desde então, fiquei em silêncio. Até agora.   O título do artigo foi : “ O voto solitário de Rubens Otoni e a resistência progressista em Goiás”. Depois, silenciei. E o fiz, por que ao ver uma série de direitos trabalhistas sendo desmontados, faltavam-me palavras. Era preciso um tempo de reflexão. Desde então, muitos direitos trabalhistas se foram, muito da liberdade que tínhamos já se perdeu. O ódio se espalhou ainda mais. Contraditoriamente sinto-me no dever de retornar a luta.   Permanecer em silêncio no momento atual, seria no mínimo uma tremenda covardia. Ao retornar do meu silêncio e hibernação, claro que a primeira coisa que começo a prestar atenção é na situação da educação. Converso com alunos, professores, e o que ouço é de assustar. Não é surpresa a violência que toma conta da soci