A maestria da vida


A maestria da  vida não é algo que se conquista por  milagre, é um trabalho diário feito por cada pensamento, palavra e ação. Somos nós os únicos responsáveis pelo nosso destino e compreender isso pode fazer toda a diferença na nossa existência. Nos dias atuais convivemos com as mais cruéis contradições; pessoas com boa estrutura material vivem angustiada e infelizes, de outro lado pessoas com vida simples vivendo de forma tranqüila e feliz; da mesma forma é possível conhecer pessoas infelizes por querer possuir o que não se tem o que nos leva a pensar que não importa o que se tem ou o quanto se tem o que define a felicidade é o domínio que cada um tem sobre a vida.
 A pergunta então que surge é: que é preciso para se conquistar a maestria da vida ou o domínio da vida? Diz-se a ciência que estuda o comportamento moral do ser humano que o segredo do equilíbrio na vida é saber conciliar o que se quer, o que se pode, e o que se deve fazer. Entender o que quero, o que posso e o que devo e alinhar estas três questões seria então o segredo do equilíbrio emocional e da felicidade espiritual.  
Entretanto alcançar a condição de saber o que se quer, pode e deve fazer na vida, significa o individuo ser livre, consciente e responsável, que por sua vez requer um nível de desenvolvimento moral onde a pessoa fosse capaz de reconhecer o bem independente do medo da punição do mal ou por temor a algo mais poderoso. Ainda assim, tais indivíduos não estariam livres da dualidade da vida terrestre ou salvos dos desafios e problemas da vida cotidiana.
Muitos indivíduos acreditam piamente que uma vez conseguindo um determinado nível de desenvolvimento moral estão por isso livres de sofrer problemas, ser vítimas da injustiça, da miséria ou de vivenciar momentos angustiantes. Na verdade tais momentos na vida só são importantes para nos ajudar a entender o que já aprendemos na vida e o que ainda devemos aprender. Nestas condições a maestria da vida consiste em viver com sabedoria as circunstâncias as quais somos submetidos.
A caminhada para se tornar um sujeito consciente e livre é longa e dolorosa, mas alcançar o ponto da liberdade e da consciência é só o primeiro passo na busca do domínio da vida e de si mesmo. Uma vez encontrado ponto da percepção do eu  uma nova jornada se inicia; a jornada da construção da maestria, da busca da unidade pela percepção da dualidade existente na terra.
O domínio da vida é agora o caminho a ser seguido. Em todos os minutos, momentos, situações a vida vai nos oferecendo oportunidades de estar consciente das nossas limitações, do poder da nossa vontade. Então não faz diferença alguma ser pobre ou rico, belo ou feio, alto ou baixo ou mesmo estar com saúde ou doente. A percepção da nossa força e daquilo que nos liga a divindade levam-nos a compreender que é no viver cotidiano que é possível construir nosso desenvolvimento. A vida se torna apenas uma jornada de aprendizagem onde toda a humanidade passa a ser nossos irmãos.
O caminho da maestria é o caminho do discipulado. É sendo discípulos que aprendemos a ser mestre de nós mesmo. É por isso que devemos reconhecer em cada situação, em cada pessoa, em cada momento vivido um mestre a nos ensinar a beleza de ser cada vez melhor, a oportunidade de aprender  novas lições. E quando compreendemos isso estamos dando o primeiro passo para compreender o ponto de partida do domínio de si, o domínio da vida e a maestria tão busca por todos.

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