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Mostrando postagens de novembro, 2011

Lágrimas do meu ser.

Nelson Soares dos Santos Esta noite chorei algumas lágrimas As lágrimas não caiam dos olhos meus; Elas saiam direto, do meio, da essência da alma. Rasgando a minha pele como o relâmpago ao céu. Esta noite chorei copiosamente. As lágrimas não eram de água e sal. Pareciam ser resíduos da minha mente pedaços do meu coração estendido no varal. Esta noite meu coração estremeceu. E uma dor intensa invadiu todo o meu ser. Tudo por pensar que o nosso amor morreu. Minha mente, angustiada desfaleceu. Meu coração, de gelo começou a enrijecer. Quando minha alma, alada, viajou nos sonhos teus.

Entrevista concedida ao Jornal dos Estudantes de Administração da Faculdade Delta.

AdmDelta:   1°- Fale de si mesmo, onde estudou, se formou, quando começou na carreira política. Nelson Soares dos Santos. Sou do nordeste Goiano, descendente de Kalunga, nascido no povoado de Ouro Minas e tendo vivido a maior parte da minha infância e Adolescência na Cidade de Divinópolis de Goiás. Minha primeira formação foi em Técnico em Magistério no Instituto Adventista Brasil Central, depois cursei Pedagogia na Universidade Federal do Tocantis, Mestrado em Educação Brasileira na Universidade Federal de Goiás, e agora o Doutorado em Educação na Pontíficia Universidade Católica de Goiás. Comecei na política como Presidente do Grêmio Cívico Escolar da Escola Estadual Germana Gomes, então com 12 anos de idade. Registre-se que o Colégio era de primeiro e segundo Grau. Ai, não parei mais. 1) O Senhor é filiado no PPS há quanto tempo? Nelson Soares dos Santos.   Eu fui filiado em três partidos até hoje. O primeiro foi o PP, Partido Progressista, quando fui candidato a vereador na cida

O que precisamos é aprender a ser feliz – "Há tempo para tudo debaixo do céu".

Nelson Soares dos Santos A alegria de fazer o bem é a única felicidade verdadeira. Léon Tolstoi Gosto muito do pensamento de que podemos ser felizes, e que a felicidade é algo que possa ser aprendido. Sendo possível aprender a ser feliz qual é o caminho da felicidade? De todos os caminhos postos o que mais chama minha atenção é o do Auto-conhecimento, por que neste está incluso o cuidado de si; afinal, não acredito existir alguém que conhecendo o caminho de evitar a dor decida infligir dor a si mesmo. Os casos existe de auto-mutilação e outras formas de impingir auto-sofrimento já indica o individuo doente, neste caso já não existe mais consciência de si, ou mesmo, consciência da razão de viver, de estar aqui neste lugar, nesta hora e com as pessoas com as quais está. Hoje, está cada vez mais difícil o caminho do auto-conhecimento. Seja qual meta-narrativa, teoria, religião, filosofia, ou qualquer forma de conhecimento pelo qual se buques explicações é comum a todos, o fato de que

UM PROJETO PARA GOIÁS (I) – INVESTIR NO SER HUMANO E APROFUNDAR A DEMOCRACIA

Nelson Soares dos Santos (Este texto foi escrito no ano de 2010, ainda na pré-campanha eleitora. Republico como introdução a discussão sobre a questão da UEG) Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas – IBGE, publicados nesta última semana nos mostra que de fato existe uma área que necessita de investimento no Estado de Goiás, é o investimento no ser humano. Diferente das demais regiões do país onde a desigualdade diminui sensivelmente em Goiás a desigualdade resiste. Isso em um momento alvissareiro de chegada de novas indústrias e do aumento da oferta de emprego. Mas é justamente neste ponto que se encontra a armadilha. O aumento da oferta de emprego e desenvolvimento em Goiás não tem sido acompanhado de maior distribuição de renda porque vem acompanhado do aumento da população por meio da imigração. Longe de ser um defensor bairrista, mas a questão é que se não investirmos no ser humano os imigrantes de outros Estados e por que não de outros países irão ocupa

A era da Estupidez: Do sabe tudo ao completo estúpido.

Nelson Soares dos Santos Tenho visto muita reclamação de professores e intelectuais relacionado aos problemas que se enfrenta nos nossos dias. Muitos tem repetido que um dos problemas de nossa época é por que já não podemos mais corrigir as pessoas. E o que é pior, já não se pode mais corrigir o aluno em sala de aula. Criou-se uma ideia extremamente terrível de que corrigir o aluno pode deixar traumas, e, por não poder corrigir aceita-se qualquer coisa como resposta certa para uma determinada questão mesmo sendo absurda e incoerente. Isso é verdade. Entretanto tem também um outro problema que está crescendo de forma séria, muito séria e que é tão ruim quando não poder corrigir, pois se de um lado o respeito aos pontos de vistas mais absurdos cria o estúpido diplomado, de outro, o sabe-tudo cria o dogmático. O Estúpido é aquele que nada sabendo pensa que sabe de tudo. E o sabe tudo que é tão estúpido ou mais que o estúpido, pensa que a verdade dele é verdade absoluta, por isso

A Morte - Somos todos mortais

Esta é a lei da vida; no amor ou na fidelidade; A vida é assim: uns vivem menos, outros vivem mais. No ódio ou na traição; na bondade ou na maldade; Quando diante da morte, nós somos todos iguais. A vida é assim. Somos o que temos de ser. Estamos onde devemos estar. Só uma escolha poderemos sempre fazer; Deixar ou não nossa luz brilhar. Em um mundo de escuridão; Quando as virtudes parecem não mais existir; O silêncio das batidas de um coração; Faz-nos parar, pensar, e olhar para o porvir. Quase toda a morte é sentida; Mas se um grande homem se vai; A cidade fica desguarnecida E o sol parece que não vai brilhar mais. Grandes homens que   deixam mundo, Não esqueçam jamais a dimensão da matéria. Ajude-nos a entender o sentido mais profundo; A entender que a vida só tem sentido combatendo a miséria. Faça-nos aprender que somos todos irmãos; E que não vale a pena a vaidade e poder; Que é desprezível afundar na corrupção; Por que bons ou maus, ricos ou pobres todos iremos morrer. O

Policarpo Quaresma e o Político que não sabia de nada.

Nelson Soares dos Santos Triste fim de Policarpo Quaresma é um romance pré-modernista. O pré-modernismo não é considerado por muitos estudiosos da literatura exatamente como uma escola literária, e sim como um tempo de transição com autores diversos, tendo algumas características em comum que prepararia o terreno para o modernismo e seu total rompimento como Realismo/naturalismo do Século anterior. Entre os autores que admiro no Pré-Modernismo tem Augustos dos Anjos na Poesia, tendo como minhas preferidas “Versos ìntimos” e, “Idealização da Humanidade Futura”. Na prosa, e em tempos de caças a bruxas e do politicamente correta que se contrasta com a corrupção que impera, podemos citar Monteiro Lobado, Euclides da Cunha e Graça Aranha. Em quase todos eles uma tentativa de ruptura com o passado, um pessimismo em relação ao futuro, denúncia da realidade brasileira e tentativa de se buscar uma identidade nacional. E é engraçado de ver os nossos contemporâneos condenar Monteiro Lobat

Brás Cubas e Os mistérios da Vida.

Nelson Soares dos Santos Texto II, também rascunho, sobre Memórias Póstumas de Brás Cubas e   questão da ética e da moral.) Não existe dúvida de que Machado de Assis foi e é um dos maiores escritores do nosso país. Suas obras, desde as poesias, contos e romances trazem uma interpretação da vida, da existência humana e da realidade de forma tão vívida que mais de um século depois parece nos ensinar a apreciar os mistérios da vida, e mais, mostrar-nos que é pela admiração dos mistérios da vidas que nos tornamos sábios. Machado de Assis foi cronista, contista, dramaturgo, e romancista. Neste último, três obras se destacam aos meus olhos: Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, e Dom Casmurro. Não tenho lembranças de qual de suas obras li primeiro. Parece-me que foi o conto Relíquias da Casa velha, e depois, segui com Esaú e Jacó. Qual foi minha surpresa ao ver que a história nada tinha da história bíblica a não ser o título e a analogia. Quem sabe foi ali que sorvi meu pri

O preconceito e as questões morais – O diálogo possível entre a vida e a literatura.

Nelson Soares dos Santos (Texto rascunho para exemplificar aos alunos como podemos  pensar a moral por meio da literatura)  Eu tive contato com o preconceito, pela primeira vez, aos dez anos de idade. Era folia de reis e pintava na mente e no coração os primeiros olhares para as meninas. O pouso da Folia era na casa do Seu Licândio, compadre do meu pai. Ele tinha três filhas mais ou menos na mesma idade que eu e meu Irmão José Soares; era a Hildene, Elisdene, e a outra não me lembro o nome agora. Eu tinha olhares para a Elisdene que entre um e outro olhar disse para que eu ouvisse,  não namoraria aquele neguinho feio, que era eu. Meu segundo contato com o preconceito foi aos doze anos. Eu estava na sexta série e apaixonei perdidamente por uma moça loira de nome Andréia Tavares. Era filha da professora de Português. Não preciso dizer que a história teve um fim terrivelmente triste, deixando traumas dos quais só fui me livrar fazendo psicanálise já no ano de 2003, quando conclu