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Mostrando postagens de abril, 2011

O tempo de cuidar?

Não publiquei nada na semana santa. Poderia ter sido de propósito, mas não foi. A semana santa é sempre um tempo propício à reflexão, ao voltar-se para nosso interior e   compreender alguns acontecimentos de nossa vida. No mundo cristão é uma das datas mais especiais. Nela, vida e morte se encontram de forma ímpar e nos leva a compreender o alcance e o significado do renascer. Poderia ter sido por esta razão, no entanto não atualizei o blog por problemas técnicos. Hoje retomando o contato com o mundo virtual vi um artigo que chamou minha atenção. Tratava da campanha da fraternidade 2011, da páscoa e da necessidade de espiritualização da humanidade. O que pode ser a dimensão cristíca do Universo Inteiro preconizado pela campanha da fraternidade 2011? Esta tentativa louvável de levar os indivíduos a sentirem-se cidadãos do mundo, a importância do cuidado de si, o cuidado do outro, de todos os que nos cercam, enfim o cuidado com o planeta e com o Universo inteiro. A ética do cuidado, um

Cem dias do governo Dilma e o Óbvio Ululante.

Não consigo entender as análises que os cientistas políticos e especialistas em poder estão fazendo do Governo Dilma. Pelo que fica dito e publicado nos jornais parece que alguém esperava que a Dilma fizesse algo diferente do que está fazendo, ou seja, o óbvio, possível e necessário. Dilma tem como principal característica ser boa gestora, e como tal trabalha com contas a receber, e contas a pagar. Por mais que administrar uma nação não seja tão simples assim, no final, é quase isso, só se investe quando se tem recursos. De outro lado fica parecendo que alguém em sã consciência acreditou que Dilma poderia fazer alguma estripulia em relação ao governo Lula. Dilma é mulher guerreira, cujo caráter foi forjado na dor, na fome e na necessidade, é o que se diz na Bahia comeu pão, farinha e sal junto com Lula, e, só uma mente delirante poderia acreditar que ela poderia fazer algum governo cuja marca não fosse a continuidade. Dilma fez algumas correções de rumo, que talvez o próprio Lula far

Cem dias: Uma estratégia que não mais tem serventia.

Passou-se os primeiros cem dias de todos os governos estaduais e do Governo Dilma, enquanto governo central. A pergunta que todos especialistas estão fazendo é qual é a marca que fica para os governantes que tomaram posse em Janeiro. A pergunta que todas as análises   levam-me a fazer é se ainda tem sentido analisar cem dias de governo nos tempos atuais. A idéia estratégica dos cem dias nasceu nos Estados Unidos da América, pós crise de 1929, com o desejo do então presidente Americano Rosevelt de resolver em tempo recorde e com medidas amargas a crise americana. Deu certo para 32º segundo presidente Americano, que curiosamente governou os Estados Unidos da América de 1932 a 1945, o mesmo tempo de Getúlio no Brasil, só que ele sendo um democrata e com eleições. A estratégia dos 100 dias perdurou desde então. Todo novo governo todos ficam esperando quais ações serão tomadas nos primeiros 100 dias. No governo Marconi não era preciso ser nenhum especialista em política para saber que as

A criança ferida do realengo e a verdade inconveniente

Existe uma verdade extremamente inconveniente. A verdade de que nosso o pior mal de nosso mundo é o egoísmo, o profundo individualismo, esta idéia maluca de pensar que cuidar de si é pensar apenas em si mesmo. O sucesso do sistema capitalista só se dá justamente por explorar este terrível mal humano, o mal do egoísmo e o individualismo. Durante a semana que terminou neste domingo muitas imagens teve potencial para nos deixar chocados e a imprensa escolheu o Assassino do Realengo para centrar fogo, para denunciar as mazelas da humanidade. De um momento pareceu que aquele jovem com traços de esquizofrenia carregava nele toda a crueldade da humanidade. Uma outra imagem no mesmo acontecimento despertou-me ainda mais sobre a crueldade humana. Uma criança caída, atingida por um tiro e todos passando ao largo a procura de seus filhos. Policiais, pais, mães, professores, todos por algum motivo correndo. E a criança ali, caída, pedindo socorro. A loucura delirante do maluco atirador encontra

A maestria da vida

A maestria da   vida não é algo que se conquista por   milagre, é um trabalho diário feito por cada pensamento, palavra e ação. Somos nós os únicos responsáveis pelo nosso destino e compreender isso pode fazer toda a diferença na nossa existência. Nos dias atuais convivemos com as mais cruéis contradições; pessoas com boa estrutura material vivem angustiada e infelizes, de outro lado pessoas com vida simples vivendo de forma tranqüila e feliz; da mesma forma é possível conhecer pessoas infelizes por querer possuir o que não se tem o que nos leva a pensar que não importa o que se tem ou o quanto se tem o que define a felicidade é o domínio que cada um tem sobre a vida.   A pergunta então que surge é: que é preciso para se conquistar a maestria da vida ou o domínio da vida? Diz-se a ciência que estuda o comportamento moral do ser humano que o segredo do equilíbrio na vida é saber conciliar o que se quer, o que se pode, e o que se deve fazer. Entender o que quero, o que posso e o que dev

O MASSACRE DO REALENGO E AS VERDADES INCONVENIENTES.

Ontem falamos de morte e não era   nossa intenção falarmos de morte novamente. Temos muitos assuntos em pauta no momento como a reforma política, os partidos políticos, as relações entre público e privado, as religiões e crenças, a educação, a segurança, a saúde, e, muitos outros   assuntos cadentes de tratamento. No entanto, o massacre do realengo nos impede de ir adiante sem antes tecer algumas considerações sobre ele. É natural que todos fiquemos chocados e assustados com um massacre de tal magnitude, parece a um primeiro olhar uma tragédia, uma crueldade sem fim contra crianças inocentes, parece uma coisa demoníaca. Antes que façamos qualquer julgamento é preciso primeiro lembrar que massacre como este já ocorreram muitos nos últimos anos, sendo o mais famoso O massacre de Columbine. Precisamos nos perguntar então, é por que este tipo de massacre acontece? Por que não estamos preparados para enfrentar situações deste tipo? Por que somos achados de surpresa e quase não conseguimos

A morte, a vida, o amor e o vazio interior.

Converso com uma amiga que mora no rio de janeiro e ouço-a pensativa sobre a vida levada por acontecimento trágico: a morte de uma amiga íntima aos 34 anos de vida. A morte quando traga alguém na juventude tem este estranho poder sobre os demais que ficam: leva-nos a pensar sobre a vida. Parece paradoxal mas é preciso a morte de jovens sem explicação definida, por doenças graves com câncer, Aids, entre outras doenças para que sejamos levados a pensar seriamente na vida. E ao pensar na vida as pessoas se deparam com duas coisas: o amor e o vazio interior. Talvez a morte nos leve a pensar sobre a vida justamente por que não é preciso pensar sobre a morte. Marilena Chauí afirmou em uma palestra que assisti que não é possível filosofar sobre a morte, pois se estamos vivos não sabemos do que se trata e quando a experimentamos já não temos mais como fazê-lo; os mortos não filosofam. José de Alencar ao responder questões, indelicadas ao meu ver, sobre sua saúde e se tinha medo da morte assi

Aécio Neves e a Democracia em Novo Patamar

Aécio Neves agradou menos do que se esperava dele em seu primeiro discurso no senado. Deixou de agradar não por que deixou de fazer o que podia ser feito, mas por que se esperava muito, e, aqueles que esperavam nem sabiam direito o que queriam ouvir. Sabendo disso, Aécio fez o óbvio. Assumiu o papel de líder da oposição e propôs reconhecer todo o passado olhando pra frente. O discurso durou 25 minutos, e mobilizou o senado todo resto da tarde. A imprensa, a mídia em geral repercutiu mais do que o necessário. Uma coisa me parecer ter passado despercebido no discurso de Aécio, ou aqueles que ouviram acharam melhor não demonstrar que entenderam. Aécio tentou elevar o debate político a um novo patamar tentando sensibilizar o plenário e o país de que o futuro exige de nós um maior senso moral. E uma tacada só Aécio enfrentou adversários internos do seu partido pregando uma oposição sadia, não raivosa e programática e de outro lado, fustigou o PT ao lembrar as ausências do Partido Governis

Helena de Tróia ( Esparta) e as Mulheres de Atenas

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Debruçado sobre o pensamento de Bachelard fui obrigado a conviver, mesmo meio a contra vontade, com um acontecimento que me fez refletir o tanto que a história do pensamento é realmente diferente da história da vida cotidiana. O acontecimento fez-me dirigir o pensamento aos gregos antigos e a vida cotidiana que tinham. A fuga de Helena com seu amante Paris é uma deixa interessante para se pensar como a racionalidade se perde quando se mistura a sentimentos e paixões, ou quando a vida se funda em uma ética que exclui o direito de liberdade aqueles que pensamos ser inferior a nós, os chamados de outros. Helena, segundo consta na história ou a mitologia como melhor aprouver, era mulher de Menelau que por sua vez tinha o respeito e o afeto de todos os reis da Grécia. Bela como nenhuma outra mulher, Helena era filha de Zeus e da Mortal Leda, esta esposa de Tíndaro, rei de Esparta. Helena era não apenas uma mulher, era uma semideusa, pois filha de um mortal e de um deus. Todos os acontecime

Reforma Política : Educação e Plebiscito Já!

A tentativa da reforma política começou para valer no Brasil. A comissão especial do Senado que debate, analisa e pensa a reforma trabalha a todo vapor. A Comissão especial do Senado é formada por notáveis. Presidida pelo Senador Francisco Dorneles, e com a presença de Itamar Franco, Fernando Collor, Demóstenes Torres, e outras figuras influentes do senado, será difícil o que passar por tal comissão não ter pelo menos o respeito dos demais membros dos seus respectivos partidos. E é bem ai que mora o problema. A pergunta que fica é se a reforma saída das mãos destes notáveis refletirá o pensamento ou mesmo a necessidade da democracia brasileira em um momento no qual o país se encontra em franco crescimento. Pesquisa feita pelo Instituto do próprio senado mostrou primeira discrepância entra o que pensa os notáveis e o que pensa os eleitores. Na pesquisa 58 % da população prefere que continue a reeleição e o tempo de mandato como está; optou pelo voto facultativo em vez do obrigatório a

Em contraponto o debate do Bolsonaro, publico o credo da paz.

CREDO DA PAZ CREDO DA PAZ -  Ralph Maxwell Lewis Sou responsável pela guerra quando orgulhosamente faço uso da minha inteligência para prejudicar o meu semelhante; Sou responsável pela guerra quando  menosprezo as opiniões alheias  que diferem das minhas próprias; Sou responsável pela guerra quando desrespeito os direitos alheios; Sou responsável pela guerra quando cobiço aquilo que uma outra pessoa conseguiu honestamente; Sou responsável pela guerra quando abuso da minha  superioridade de posição  privando outros de sua oportunidade para progredir; Sou responsável pela guerra  se considero apenas a mim próprio e a meus parentes pessoas privilegiadas ; Sou responsável pela guerra quando me concedo direitos para monopolizar recursos naturais; Sou responsável pela guerra se acredito que outras pessoas devem pensar e  viver da mesma maneira que eu ; Sou responsável pela guerra quando penso que sucesso na vida depende exclusivamente do poder da fama e da riqueza; Sou responsáve

Bolsonaro, O Brasil quer é crescer em Paz.

Senhor Bolsonaro, não posso dizer que tenho tempo sobrando em minha vida. Sou negro, de origem pobre, do Nordeste Goiano, casado com uma negra, pai de duas filhas negras, pedagogo, Mestre em Educação pela Universidade Federal de Goiás e Doutorando em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás. A importância de me identificar, Senhor Deputado, não é por questão de ego pessoal, mas uma tentativa de fazer o senhor ler minhas palavras. Talvez o Senhor não queira perder tempo lendo o que um negro escreve, mas talvez o senhor pare para ler o que um Educador Brasileiro escreve. Quero dizer ao senhor deputado, que nunca estudei por cotas e creio que cheguei ao doutorado por mérito pessoal, enfrentando todos os tipos de discriminação de pessoas como o senhor, e, contanto com a benevolência de homens justos e que querem um país com igualdade, mais humano e com justiça social. Quero dizer ao Senhor deputado, que desde criança sou um espiritualista, defensor dos bons costumes, da fam

Sobre responsabilidade e felicidade

Outro dia conversei de forma rápida com um ex-aluno no MSN. Ao final da conversa ele disse: Professor, parabéns pelo seu blog, é um dos lugares onde leio as coisas e sinto que são verdadeiras, são críticas sinceras que tem como objetivo ajudar o mundo a ser melhor. Depois de alguns dias pensando, posso dizer ao aluno T ( vou chamá-lo assim) que não tenho a ilusão de que todas as pessoas tenham a mesma idéia do meu blog, mas que estou feliz de se constituir em um espaço onde lendo alguém possa encontrar forças para viver e seguir adiante. É esta a principal razão que hoje resolvi falar sobre responsabilidade. Durante vinte anos no Brasil, tempos da ditadura falou-se muito na importância da liberdade em todas as suas formas, creio que chegou a hora de falarmos de responsabilidade. Liberdade, consciência e responsabilidade são três características importantes que nos leva a compreender o que é um sujeito moral, ou que nos leva a viver de forma equilibrada junto a sociedade, pois ajuda-n

O dia da mentira, o pastor americano e Bolsonaro no Brasil

O dia da mentira foi marcado por notícias que poderiam mesmo serem apenas uma mentira de brincadeira de mau gosto. No entanto, e infelizmente não foi. No Brasil, colocando sombra no luto de por nosso querido vice-presidente José Alencar, Jair Bolsonaro ocupou as manchetes. No mundo, o pastor americano maluco e extremista que acredita que só ele tem a verdade, queimou o alcorão; no Afeganistão fiéis do Islão revoltados atacaram a sede da ONU. Jair Bolsonaro freqüenta o topo dos comentários e notícias da imprensa devido esta nossa morbidez por coisas ruins. Não devíamos dar ouvidos a este tipo de maluquice e extremismo. Devemos defender o diálogo. A luta dos negros por igualdade não tem nada a ver com extremismo. Que seja feito investimento na escola pública para que todos tenha escola de qualidade e se crie uma forte rede de proteção social para que ninguém passe fome e não precisaremos de cotas. Que sejam respeitados todos os quesitos da constituição nacional e nem mesmo Bolsonaro te

Democracia e Justiça social

O destino do Brasil é a radicalidade democrática. Sim, este é o nosso destino, radicalizar a democracia e encontrar um equilíbrio entre a liberdade para todos em sua forma mais radical e o bem estar coletivo, mostrando ao mundo o caminho da justiça social. E podemos dizer isso por que apenas o brasileiro   - O homem cordial – pode ser capaz de viver a tolerância em sua forma mais radical e permanecer em sua essência cordial sem pender para o extremismo de direita ou de esquerda. 1.   O argumento histórico. Nenhum revolta nativista teve um apoio massivo do povo brasileiro. Nenhum guerra de independência contra a ordem estabelecida teve sucesso. Foi assim com as revoltas nativistas, foi assim com a inconfidência mineira, Guararapes, cabanagem, confederação do equador dentre outras. Foi assim também com as guerras separatistas; os farrapos no Rio Grande do Sul, e nos anos trinta a Revolução constitucionalista dos paulistas. No Brasil, o povo brasileiro prefere a ordem, parecendo que o s