O papel do PMDB e seu significado no jogo político atual



O começo do jogo político para as eleições de 2012 coloca em questão o papel dos principais jogadores. Tenho dito que vejo duas variáveis e três grandes times que podem vir fazer a diferença nos resultados das urnas, pela força de suas lideranças ou pela historicidade dos seu programas. Neste texto, nosso objetivo é pensar um pouco o papel do PMDB, e especular quais são as possibilidades que possui este time e seus jogadores.

Não é segredo que o PMDB padece de algumas questões, dentre elas o fato de ter o seu principal líder – Iris Rezende Machado, já tendo discutido se este aposenta ou não; o golpe sentido pela perda de um de seus principais quadros ( Thiago Peixoto) para a base do Governador Marconi Perillo, e, uma terceria variável a dificuldade de renovar os seus quadros aliado a manutenção da aliança com seu principal parceiro, o Partido dos Trabalhadores.

A primeira variável, temo dizer aos otimistas ou pessimistas, Iris não se aposentará. Pela sua história, pela sua característica o ex-governador não sairá da política nem mesmo quando seu corpo descer aos cemitérios. É ilusão achar que um homem da estatura de Iris Rezende deixará de influenciar a política goiana por ausentar-se ou aposentar-se. Caso isso aconteça a influência sentida será o vácuo da sua ausência. Marconi como anti-iris precisa de Iris para crescer, existir, ser grande para governar melhor goiás

O PMDB sofreu o golpe da perda de Thiago Peixoto. Disso não se tem dúvida. Entretanto, a quantidade de quadros jovens não justifica a celeuma feita em torno do grande quadro jovem perdido, nem pelos perdedores, nem por aqueles que o ganharam. O que falta ao PMDB não são quadros jovens e promissores, falta-lhe uma filosofia política que faça da renovação um instrumento de aproximação com grupos sociais ainda não alcançados pelo partido. Outrossim, renovação não é apenas de pessoas, mas de ideias pois são estas as que realmente vale a pena em um processo de renovação. Aqueles que apostarem que a perda de Thiago Peixoto transformou o PMDB em um time ou jogador menor, pode ter uma terrível surpresa no final do jogo.

A dificuldade de renovar os quadros do PMDB passa por uma maneira de ver a sociedade. Os novos quadros não representam senão as mesmas ideias que os velhos quadros representaram, e pior, os mesmos grupos sociais. Ao aliar-se ao PT, o PMDB complicou mais ainda a possibilidade de lançar novas lideranças com ideias sustentadas em base popular, uma vez que, com políticos profissionalizados ou não, o PT, por sua história e origem ocupa o espaço de maior proximidade com o povo, com o popular.

Dito isso, resta-nos admitir: O PMDB é um grande time e um grande jogador para 2012, que caso consiga repensar suas práticas, aumentar sua democracia interna, e renovar suas ideias poderá apresentar possibilidades de trazer consigo o lançamento de novas lideranças nos espaços dos muncipios.



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