Tuas lembranças
Não penses que te esqueci, o querida minha!
Eu não te esquecerei jamais.
São nas noites mais frias, mais escuras e solitárias
Que tuas lembranças ficam tão fortes em mim,
Que já não sei se sou eu que me lembro de ti,
Ou se és tu que passas a viver a mim.
São devaneios sombrios nas caladas da noite.
Sonhos noturnos que a mente delega lembranças tolas;
Desejos latentes que não foram vividos;
Vontades imaginárias ouvidas à voz de um passado que ressoa.
Tudo, escravos da técnica, do concreto, da realidade.
Todos, amantes do erro, da mentira da falsidade.
Ficamos nós, no profundo desejo de seguir adiante;
Presos, porém, na vontade tola de possuir uma consciência radiante.
Não, não te esquecerei jamais.
Teu conceito de grandeza, teus sonhos de menina de olhar profundo;
Tuas quimeras sonhadas, abandonadas, nos seus desejos de mudar o mundo;
Tudo, tudo é meu alimento nestes cafezais.
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