A confissão do Fracasso de Marconi
Nelson
Soares dos Santos[1]
Nos
últimos meses um debate tem se destacado no estado de Goiás sobre a Educação.
De um lado, Marconi e seus assessores, defendem forma apaixonada a introdução
das Organizações Sociais como novo modelo de Gestão da Educação pública no Estado;
e, de outro, os seus opositores, também de forma apaixonada afirmam com os mais
variados argumentos que as OSs vai acabar de destruir o que resta da educação
de Goiás. Afinal, quem tem razão? O que ninguém tem coragem de argumentar e
afirmar é que nosso sistema de educação, e não apenas o modelo de gestão está
falido. Na verdade a tentativa de Marconi de introduzir as OS, - de
um lado mostra o rancor e ressentimento do governador para com os professores
como noticiou o Jornal “O popular” recentemente - , mostra uma confissão
Pública do Governador no campo da Educação: Ele fracassou.
1.
O primeiro argumento que mostra que as OS, é
uma confissão do fracasso do Governador é o tempo que ele está no comando do Estado.
Marconi Governa Goiás a 20 anos. Sim, vinte anos, já que o Alcides foi eleito
diretamente por ele e para ser um poste. Ora, vinte anos depois, e só agora o
Governador resolveu fazer algo pela educação, - e pelo jeito algo errado; -
isso mostra que ou o Governador não está nem aí para educação, o que teria
sentido se comprovado as notícias de que o que ele está fazendo é só por rancor
e ressentimento; ou de outro lado mostra que o Governador realmentre fracassou
pois durante vinte anos mostra que nada do que fez na educação surtiu efeito
positivo.
2.
O segundo argumento que demonstra o fracasso
do Governador é a repetição da Secretária Raquel Teixeira. Raquel foi
secretária do Governador no primeiro mandato, portanto, há vinte anos atrás. Naquela
época Marconi tinha muito mais força eleitoral para implantar qualquer modelo
novo, mas, em vez de fazer algo pela educação Raquel implantou uma politicagem
de perseguição na secretaria, negando licenças, demitindo aqueles que
consideravam adversários e aliciando outros para sua campanha no pleito
seguinte. De certa forma, a estratégia
deu certo e um exército de professores medrosos elegeram-na Deputada Federal.
Como não teve talento para ser parlamentar tornou-se uma deputada de uma
mandato só, perdendo a eleição seguinte e ficando relegada ao ostracismo por um
bom tempo. Agora, retornou, e pelo jeito, pelo que se lê, pelo que se ouve com
o mesmos velhos hábitos.
3.
O terceiro argumento de que as OS é uma
confissão do Fracasso do Governador é a natureza das próprias OS. Ora, em um
momento em que tais organizações estão sendo contestadas devido a prática de diversos
delitos incluindo corrupção em outros estados como Rio de Janeiro, e países,
como Chile, Estados Unidos, Canadá, etc;
implantá-las aqui só pode ser ou confissão do fracasso (não consegue
criar ou encontrar nada melhor), ou incompetência mesmo.
4.
Por fim, resta observar a forma como se dá a
implantação. Não há discussão com a sociedade, não há clareza das regras e
agora, os seus adeptos apresentam a notícia de criação de organizações de
última hora ( professores de universidades privadas de outro estado), como
sendo um argumento plausível, o que parece mais uma prova de que o processo que
ocorre na Educação em Goiás é um processo viciado e perigoso para o futuro da
educação.
Tristemente, vinte
anos depois, temos que admitir que Marconi Fracassou. Derrotou Iris Rezende
trazendo a esperança de que um novo modelo de se fazer política se implantava
no Estado mas o que vimos foi a continuidade dos mesmos hábitos, mesmas
atitudes, mesmas perseguições. A segurança está sucateada, a educação está
destroçada, não há esperança nos olhos das novas gerações que depende do
auxílio do Estado. Tristemente, Marconi fracassou. Agora, temos que seguir em
frente. Achar novos líderes, novas utopias e seguir adiante. Se Marconi
fracassou na educação não há por que acreditar. Um novo sol precisa brilhar,
uma nova esperança precisa surgir.
[1]
Nelson Soares dos Santos é professor Universitário e membro da Direção Nacional
do Partido Popular Socialista.
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