Congresso Nacional do PPS – o Brasil pode avançar muito mais



Nelson Soares dos Santos



No ano de 1998, ingressei na Direção Estadual do Partido Comunista do Brasil. Naquele ano o partido desenvolvia a campanha FORA FHC. Eu não concordava, mas via no partido Comunista as chaves para se construir um Brasil melhor. No ano de 2001, participei, como membro da Direção Estadual de Goiás, e delegado do Congresso que teve como tema “Um Novo Rumo para o Brasil. Naquele documento o fundamento era mudar o rumo dado por FHC, detendo o processo de diminuição do Estado de Bem Estar Social, diminuindo drasticamente ou encerrando totalmente o processo de privatização das empresas estatais, e, propugnando pela construção de uma forte rede de proteção social que pudesse combater a miséria e investir pesado em educação, Saúde e Segurança Pública.

Naquela ocasião, na cidade do Rio de janeiro tive a oportunidade de conhecer João Amazonas,um dos líderes políticos mais lúcidos, idealistas e comprometidos com a construção da nação brasileira que já conheci. Agora, uma nova fase de minha vida. O início de uma nova caminhada. Talvez, não seja um início, mas a continuação de uma caminhada que não deveria ter sido interrompida, e que o foi, por ter se chocado com interesses patrimonialistas clientelista tão fortes que não foi possível continuar.

O novo capitulo, está tendo lugar aqui no Bairro Moema em São Paulo, onde aconteceu o Congresso Nacional do PPS - do qual sou membro da Executiva Estadual em Goiás, Diretor Geral da Fundação Astrogildo Pereira, e responsável pela formação política do partido. Aqui, tivemos a oportunidade de conhecer pessoas comprometidas com um mundo melhor. O XVII Congresso Nacional do PPS foi um passo importante do partido no sentido de dar ao país um projeto de desenvolvimento fundando na radicalidade democrática e na construção Justiça Social.

A minha participação no Congresso.

O Meu esforço de deslocamento Goiânia/São Paulo para participar do XVII Congresso tinha dois objetivos: o primeiro, ajudar a construir o projeto político do partido para as eleições de 2014, participando da reunião do Conselho Curador da FAP e ajudando a fortalecê-la; segundo, defender bandeiras que me são caras como: O papel do Estado, as questões da Política Educacional, Saúde, Segurança, meio ambiente, e a necessidade da elevação do nível moral nos processos políticos e na gestão pública no Brasil.

Quanto ao papel do Estado, participei das discussões da proposta de se defender uma reforma administrativa, mas, defendi sobretudo, que é preciso levar até os cidadãos, de forma geral, o significado do papel do Estado na vida deles, para que possam opinar e avaliar a ação estatal, e de fato, poder exercer a cidadania em relação ao Estado.

A saúde e a segurança estão profundamente ligada a questão anterior, ou seja, o papel do Estado e a relação democrática que o cidadão tem com o mesmo. Portanto, é inútil e inócuo falara de melhoria na saúde, segurança pública, sem antes desenvolver uma consciência cidadã da relação entre os indivíduos/individuo e o Estado.

Participei ativamente das discussões sobre o conceito de “Cidades Sustentáveis”, no Núcleo Político de Sustentabilidade do Partido. Na oportunidade tive a grata satisfação de conhecer companheiros como Soninha Francine, Ricardo Young, Raul Jugmam, Roberto Gurgel, dentre outras figuras importantes da intelectualidade do movimento de meio ambiente. Tornei-me membro do Núcleo de Sustentabilidade Ambiental, e o desafio agora é construir este discurso e esta luta no partido em Goiás.



A questão da Educação.

Defendi com veemência que fosse colocada a Educação como parte das bandeiras que constroem a identidade do no partido, pois entendo que se não mudarmos a forma como vemos a educação o país não vai avançar. Neste sentido, apresentei pedido de que fosse incluído na resolução Política do partido a luta pelo investimento de 10 % do produto interno bruto do País em educação, como sendo doravante uma luta identitária do PPS. Apresentamos, ainda, a idéia de se criar um grupo de trabalho para discutir as políticas de financiamento da Educação no Brasil, o qual seria responsável por apresentar ao partido um projeto Educacional que leve em conta a diversidade da população brasileira.

Tivemos a felicidade de ver aprovada ambas as propostas, e com bons acréscimos, como: Doravante, as cidades administradas pelo PPS, não deixarão de aplicar menos de 30% da receita em Educação, e o partido lutará em defesa do pagamento do piso salarial aos professores e por melhorias reais no processo de construção do nosso sistema educacional.

O PPS, depois deste congresso tornou-se o Partido da Educação. A luta pela educação como prioridade no país terá nos deputados do PPS, um reforço no sentido de construir alternativas que ajude no desenvolvimento humano de nossa nação. Juntos iremos construir uma nação que terá um povo consciente do seu destino e missão no mundo.

Conclusões.

Tenho plena certeza de que valeu a pena ter participado do XVII congresso do Partido, não só pelas decisões aprovadas na resolução política como também por ter convivido por dois dias com pessoas que respiram e sonham por um mundo melhor. As minha esperanças de que vale a pena acreditar no ser humano foram fortalecidas, e muito mais, volto com a certeza de que é meu dever lutar por um mundo melhor, acreditar no ser humano e trabalhar diuturamente, certo de que o Brasil pode avançar muito mais, e que o caminho é eleger um presidente do PPS em 2014.

Com este propósito, nossa luta imediata é fortalecer o partido em todo o país. Candidaturas a prefeito, vereadores devem se fazer com campanhas inteligentes, com o conceito de sustentabilidade, na radicalidade democrática, no humanismo libertário e como fundamento a utopia socialista da construção de um mundo melhor e mais igualitário. Construiremos novos caminhos, construiremos novas possibilidades, por que sabemos, e temos a certeza de que o Brasil pode avançar muito mais.











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