Carta aos dirigentes do PPS em Goiás sobre a Greve dos Professores


Senhor Presidente do PPS em Goiás 
Demilson Lima
Senhor Secretário Ivan Marques
E todos os companheiros da Executiva Estadual do PPS - Goiás.

Todos sabem do meu esforço e defesa para que o PPS assuma a defesa da Educação pública gratuita e de qualidade. Acredito que sem investimento alto em educação, valorização do educador todo esforço de desenvolvimento do país é uma falácia. Acredito na boa intenção do Governador Marconi quando diz querer fazer uma revolução na Educação Pública em Goiás, como reconheço muitos avanços progressistas em políticas já implementadas nas áreas de ciência, tecnologia e juventude. No entanto, a questão do Pacto da Educação precisa ser repensado. 

Creio que todos estão acompanhando a greve dos professores no Estado. Infelizmente o Governo, especificamente a Secretaria Estadual de Educação está tratando os grevistas de forma truculenta e com tremenda falta de respeito.

Outrossim, o tal Pacto pela Educação revela-se uma falácia que não vai provocar nenhuma revolução na educação pública do Estado. O Secretário mostra-se despreparado. O tal pacto carece de formulação e consistência teórica, contradiz com a realidade goiana, e só tem a provocar distúrbios sociais. 

Cite-se os fatos.

1. Registro no youtube de deputados (Evando Magal e Carlos Antônio), o primeiro pedindo desculpas aos eleitores e confessando não ter conhecimento do que votou; o segundo, ainda mais grave, confessando ter recebido dinheiro pra ter votado o projeto.
2. Depoimentos de um quase terrorismo na primeira manifestação em frente a Secretaria com o Secretário acionando até mesmo a tropa de choque;
3. Depoimentos de diretores e sub-secretários fazendo pressão e chantagem para os professores desistirem de suas reivindicações;

Aliado a tais fatos negativos temos ainda:

1. Repúdio da Faculdade de Educação da UFG ao Pacto pela Educação;
2. Repúdio da Faculdade de Letras da UFG,;
3. Repúdio da Faculdade de Educação Física;
4. Repúdio da Câmara Municipal de Anápolis;
5. Repúdio da Câmara Municipal de Campos Belos;
6. Estudo realizado pelo Conselho Estadual de Educação mostra os equívocos do Pacto;

Existem ainda diversas instituições da Sociedade Civil organizada que vê como esdrúxula as mudanças propostas no pacto. Portanto, creio ter chegado a hora de nosso partido que é um partido decente tomar posição quanto a situação.
Sei que somos parte da base aliada, mas não podemos nos calar em um momento destes, sob de jogarmos no lixo, inclusive a posição tomada no Congresso Nacional do Partido em defesa de uma Educação Pública e de qualidade.

Por tudo isso, solicito que seja convocada uma reunião com urgência para discutir a situação, enviar sugestões ao governador, e, tomarmos posição em defesa dos trabalhadores da Educação de nosso Estado.

Não creio que o Governador queira um partido apolítico e vendo os erros não faça alertas. E se, tivermos que entregar todos os cargos com o objetivo de defender os interesses dos trabalhadores em Educação, que seja feito. Somos um partido decente, e não podemos perder a nossa marca.

Na expectativa de que meu pedido será atendido, aguardo ansiosamente a reunião.

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