1º de MAIO – Temos muito a comemorar. Sobre produção de riquezas, trabalhadores, capital e mais valia.




 


Estou há vários dias tentando escrever um texto sobre o primeiro de maio, dia do trabalhador. E a síndrome da tela e branco me consome. Ao ver o discurso de LULA ontem, entendi um pouco o que desejo dizer, ou o que é preciso dizer. Enquanto Lula discursava para os trabalhadores, o Governo que defende os trabalhadores era desconvidado para a AGRishow, e, Bolsonaro era recebido como se presidente fosse e discursava para os patrões. Tais cenas retiraram da minha mente qualquer dúvida se alguma ainda havia do quando deletério é o bolsonarismo para o país.

Créditos - Band. 

Nos quatro anos de Bolsonaro os trabalhadores não tiveram nada a comemorar. Não receberam os cuidados devidos na pandemia, não teve aumento real de salário, diminuiu o respeito de forma generalizada ao trabalhador, e caiu drasticamente o poder de compra. Ao final do Governo, já tínhamos gente na fila para comprar osso, no desespero de ter acesso a alimentos com proteínas animal. O sistema educacional foi dilacerado, as Universidades e Institutos Federais foram fragilizados, o preconceito e a violência foi alimentado.

Créditos - O popular. 
Se não tivéssemos nada mais a comemorar, a vitória contra bolsonaro, ter tirado Bolsonaro da Presidência já seria motivos de sobra para comemorar. Desde a posse de Lula o ar se tornou mais leve, as violências diminuíram, ,e hoje, eu já até me arrisco a fazer piadas com a política, coisa que estava ficando muito difícil de fazer sem que fosse agredido por um boolsonarista. O problema é que a luta pela consolidação da democracia não acabou, ela está em curso, e a direita, extrema direita, e o bolsonarismo, ainda acreditam que podem retomar em pouco tempo o poder. E a única forma de evitar é dialogar com toda a população no sentido de desenvolver uma perspectiva humanista e universal da coletividade.

Neste diálogo com a sociedade, e sobretudo na sociedade brasileira onde mais de 70% é composta por trabalhadores, é preciso mostrar que não é o capital que produz riquezas, que na verdade, o capital explora os trabalhadores, e que a produção de riquezas mesmo, ainda que com o grande avanço da tecnologia ainda é fruto do trabalho humano, e mais ainda, que todo aquele que não possui grande riqueza e que obrigado a vender sua força de trabalho é um trabalhador. Este é o grande desafio. É preciso distinguir direita, extrema direita e bolsonarismo, mas é preciso deixar claro que quando a questão é a relação capital-trabalho, trabalhadores e patrões, todos eles possuem uma afinidade simples, eles estão do lado dos patrões.


No Brasil, Bolsonaro e seus aliados fiéis, representam o Fascismo, Ronaldo Caiado, Romeu Zema, Tarcisio de Freitas, e governadores e parlamentares do PL e PP, não alinhados com Bolsonaro representa a extrema direita e a direita. O campo progressista fica restrita aos eleitos pelo PT, PC do B, PSOL, REDE, PSB. O PSDB, com três governadores ainda não encontrou seu eixo com a social democracia , e hoje, está muito mais para a direita do que para a própria social democracia. Com exceção do PSDB, NENHUM destes partidos e seus membros tem a intenção de defender os interesse dos trabalhadores, e quando o fazem, é em troco de satisfação ainda maior dos interesses particulares e de classe.


Ter claro estas diferenças é fundamental. O Governo Lula irá enviar ao Congresso o projeto de Lei para garantir o aumento real do salário mínimo. Caso queira comprovar estes fatos basta observar como vai votar cada um dos parlamentares de cada um dos partidos políticos no congresso, e como cada partido vai orientar o voto de cada um dos seus membros. Somente a educação e a formação política geral garantirá o fortalecimento da democracia.

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