Tudo na vida tem um preço.

 


Já faz muito tempo quando fazia o curso sistematizado da Doutrina Espírita li o livro da Zíbia Gaspareto, “Tudo tem um preço”. Desde então aprendi uma lição básica e tome consciência da Lei do Karma ( causa e efeito), lei esta que nunca parei de aprender sobre ela nos últimos vinte anos. Saber que tudo tem um preço é refletir sobre o poder que temos de fazer escolhas, mas sobretudo o fato de que não existe escolhas sem consequências, e que muitas pequenas escolhas geram grandes conseguências. Karma, causa e efeito são temas complexos, mas que alguns pequenos relances do tema podemos tratar.


A primeira coisa que podemos entender é que tudo na vida tem preço e valor ( já tratamos disso neste espaço), e que devemos ter muito cuidado, nas nossas relações para não tomarmos posse da mais valia da energia alheia, pois isso gera efeitos negativos no presente ou no futuro próximo. Nunca devemos tirar de ninguém, nem mesmo de uma formiga o direito que ela possui se não estivermos dispostos a lidar com a consequência deste fato, e ainda, saber que em algum momento o tirado será devolvido, afinal, não existe órfão de pai e mãe no Universo. Então, entendido que tudo tem preço e valor, e que não devemos subtrair de ninguém o valor a ela concedido pelo Universo, o próximo passo é saber que não existe escolha que não subtraia a escolha negativa.

Explico: Se escolho sair na chuva, também escolho lidar com a chuva. Posso levar um guarda-chuva, mas ainda assim, vou correr o risco de me molhar. Se escolho sair de casa para tomar sol, preciso abrir mão do conforto da casa. Todo o fazer requer um não fazer. Aplicando isso a coisas mais complexas temos outros exemplos: Se escolhemos ter um parceiro, viver um casamento, escolhemos também viver as dificuldades do casamento. Tem muita gente querendo ter um parceiro, um marido, uma mulher, viver a experiência boa de ter isso tudo, mas de outro lado não quer abrir mão da vida livre de solteiro, da liberdade de ir onde quiser sem dar satisfação a ninguém.

Aprofundando mais ainda podemos dizer que não se pode escolher defender a vida, por exemplo, e ao mesmo tempo defender a liberdade das pessoas terem armas. É uma profunda e grande contradição, defender a vida e defender o direito de ter instrumentos para se tirar a vida. Quando se perde nestas questões o que se tem é uma dissociação cognitiva, e claro uma perturbação mental que tende a se aprofundar e levar a pessoa ao campo da violência, primeiro da pessoa consigo mesma, e depois com os outros.

Isso nos leva de volta ao conceito de ética aqui trabalhado. A harmonia esperada entre nosso querer, nosso dever, e nosso poder fazer. O único caminho possível para encontrar esta harmonia é a busca constante do autoconhecimento como conhecimento profundo do Universo e dos deuses.

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