Chuvas de Janeiro II
Todos os janeiros chove em minha vida.
A água que cai, as vezes, transforma-se em dilúvio.
E leva quase tudo que construí.
Leva tristezas, por vezes, leva minha alegria.
Leva as dores, e, as vezes, leva minha felicidade.
Todos os janeiros chove em meu coração.
A água que cai, por vezes, rompe todos os diques e provoca dor.
Também, por vezes, leva toda a sujeira do desamor.
A água forte como paixão - ou seria paixão forte como a água?
Corredeiras, imensas corredeiras levando tudo de roldão.
E quando o sol nasce, tudo o que resta é o que não pode ser levado.
Todos os janeiros chove em minha alma.
E apaga o fogo que consome meu ser.
A chuva destrói toda a dor, desfaz o desespero.
A chuva que destrói também traz a calma.
A calma do amor que enriquece o viver.
E traz a esperança de dias melhores..
E traz a esperança de amores vividos.
E nos ensina que graça e paz não são coisas menores.
E que não existe amores perdidos.
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