Décimo Quinto dia de Quarentena. –




Goiânia, 30 de Março de 2020.

Propor-se a tarefa de registrar fatos para a posteridade é algo monstruoso. Na verdade, o que registramos é o que chega até nós. A guerra de narrativas, a sonegação das informações, e sobretudo a disseminação de notícias falsas impede uma maior análise do que de fato ocorre ao nosso redor, entretanto, o clima geral é possível de se sentir, e este que desejamos registrar. Trata-se de um registro pessoal, e portanto, pouco interesse em manifestar a neutralidade propalada pelos cientistas.

Quem ainda ouve Bolsonaro?

O número de mortes, no Brasil, subiu para 159, e o número de infectados para  4.579 casos oficiais. O problema é que a mídia divulga que há pelo menos 12 mil pessoas aguardando resultados na condição suspeitos, o que pode fazer o número de casos infectados simplesmente dobrar a qualquer momento. São Paulo, com o maior número de casos, vê seu governador no dilema de romper ou não em definitivo com o Presidente Jair Bolsonaro. Por Ora, João Doria descarta o que diversos outros estados já estão fazendo – quarentena forçada.  O problema é que, as dificuldades financeiras para se alimentar já bate a porta de milhares de brasileiros, e quando a fome chegar, ninguém segura gente com fome em busca de sobrevivência. O auxilio federal de 600 reais, e que pode chegar a 1.200 por família, foi aprovado hoje pelo senado, mas a burocracia é tamanha que dificilmente chegue a mesa do brasileiro com a agilidade necessária.

Na politica, o governo Bolsonaro continua dividido politicamente, e ele continua  insistindo no fim da quarentena horizontal que tem sido executada nos estados. O problema é que o seu Ministro da Saúde, ( Médico) recusa seguir as ordens do chefe, e cria um constrangimento enorme. Especialistas da politica apostam que o Ministro pode ser demitido a qualquer momento, e já tem vazado notícias da disposição de Bolsonaro em demiti-lo. O ministro segue firme e afirma que só sairá demitido e que enquanto estiver ministro mantém as orientações baseadas na ciência médica.

Pelo Mundo.

As notícias que chegam do outro lado do atlântico não são animadoras. Na Itália, o país mais afetado da Europa até o momento, já passa de 100 mil infectados. O número de mortes chegou a 11.591 com 812 óbitos oficiais no dia de hoje. Nos Estados Unidos, o número de casos oficiais chegou a 140.904, com a confirmação de 2.405 mortos.  As notícias dizem que já há 50 estados com pessoas infectadas.

O número de mortos em todo mundo, já passam de 35 mil óbitos, com mais de 745 mil casos. Países como EUA, Alemanha, Inglaterra, França, Espanha, Itália e Bélgica vêm o sistema de saúde cada vez mais perto de um colapso. Não é por acaso que líderes como Donald Trump, Putim, e tantos outros que relutaram apoiar o isolamento horizontal, já mudaram de ideia. A doença está avançando pelo mundo, e segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde, as transmissões já estão acontecendo dentro das casas.

Para os otimistas que gostam de boas notícias, é preciso salientar que dos 777.286 pessoas infectadas no mundo, 164.446, foram curadas, e 37.140 já foram a óbito. Mas, para os que gostam de más notícias é preciso salientar  que o número de  mortes tende a aumentar cada vez mais, e que mesmo aqueles que se curaram, segundo informações de algus especialistas, ficam sequelas que podem durar por todo  o resto da vida.  É por esta razão que é bom senso buscar evitar a contaminação, e não conseguindo evitar a contaminação é que a cura é significativa.

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