Bolsonaro afirma que vetará a possibilidade de reajuste dos salários dos Servidores, incluindo a categoria da Educação.
A
Educação castigada e uma vitória que pode ser vetada
Desde
o início da pandemia de Covid-19, tenho observado as reações dos governantes
quanto à educação. A primeira atitude tomada foi de ministrar aulas a distâncias
ou de forma remota. O Conselho Nacional de Educação autorizou, os Conselhos
Estaduais e Municipais de Educação adaptaram as regras aos estados e munícipios.
No
caso de Goiás, a resolução do Conselho Estadual de Educação orientou os
sistemas educacionais a observar as condições de manutenção das aulas de forma
remota. O sistema privado de ensino optou por manter as aulas em sistema remoto
e parte do sistema público antecipou as férias e em seguida suspendeu as aulas
Diversos
especialistas da área educacional tem afirmado que o sistema de ensino remoto é
uma falácia e que os estudantes estão sendo prejudicados. E poucos
especialistas, fora da burocracia estatal considera a solução boa do ponto de
vista do ensino e da aprendizagem.
Recentemente,
o ministro da Educação do Governo Bolsonaro protagonizou uma discussão nas
redes sociais que evidenciou o problema. Ao ser questionado sobre a decisão do
ENEM não ser adiado, e que apenas 67% da população brasileira possui acesso as
tecnologias de forma a manter o estudo sem a forma presencial, o ministro
respondeu que não seria justo com estes 67% adiar o ENEM. Isso mostra que a
situação é totalmente desfavorável aos 33% dos estudantes que farão o ENEM que
não possui o acesso as tecnologias.
Esta
situação se agrava quando falamos do sistema municipal de ensino. Escolas
rurais, comunidades isoladas, e pequenos
munícipios sequer possui acesso a internet de qualidade.
Sobre
Salários e Jornada de trabalho.
Professores
ouvidos por este blog tem afirmado que o trabalho remoto fez aumentar a jornada
de trabalho. Isso se explica, em parte pela falta de costume com o trabalho
home office no Brasil, e por outro lado, o próprio clima psicológico que se
criou pela crise.
Já
quantos os salários, a situação é bem mais crítica. Diversos munícipios
demitiram os contratos temporários, e reduziram as cargas horárias do pessoal
efetivo. É compreensível que a situação de crise perdurando todos precisam
fazer sacrifícios, porém, a primeira categoria que está sofrendo e
sacrificando, mais uma vez, é na educação. Políticos, governadores, senadores,
deputados, prefeitos e vereadores não falam em reduzir os próprios salários,
nem tão pouco ganha força a ideia de taxar as grandes fortunas.
Esta
semana, ontem 07/05, o Presidente Bolsonaro falou que vai vetar a vitória
parcial de que fala o Deputado Elias Vaz no Vídeo abaixo, mas o mesmo
presidente e seu ministro da Economia não falam em taxar os bancos e as grandes
fortunas, que segundo a revista exame continuam lucrando e aumentando patrimônio
durante a pandemia.
A
vitória de que fala o deputado trata-se apenas da possibilidade de estados, municípios
e União poderem aumentar os salários dos servidores caso seja possível.
Aproveitaram a aprovação do pacote de auxilio aos Estados e Munícipios para
congelar os salários de diversas categorias de servidores incluídos os
educadores e Garis. Uma crueldade com o futuro do país.
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