A tragédia Anunciada
Os
passos de Bolsonaro: Rumando para a tirania.
Quando vi
Bolsonaro saudando os manifestantes, hoje, em Brasília, logo me veio à mente um
livro que li há muito tempo: “O Discurso da Servidão voluntária”, de Étienne de
La Boétie. No livro, que desde o titulo, mostra a contradição pois a palavra
voluntária se contrapõe a palavra escravidão, o autor procurou mostrar, ainda
no ano de 1613 como se arquiteta a formação de um Governo Tirano, e como é possível
que uma tirania tenha o apoio das massas. Vendo aquela população aglomerada, e
que representa mais ou menos 28% da população Brasileira que ainda segue
Bolsonaro, vi cada palavra do autor francês se tornando atual. O que pode fazer
com que um povo se coloque diante do risco de morte para defender um governo
que a cada dia mais se mostra Tirano?
Na
manifestação teve de tudo um pouco. Jornalistas agredidos. Sim, justificando
que estão ali em defesa da liberdade ofendem e agridem jornalistas, insultamos
juízes da Suprema Corte, e pedem o fechamento do Congresso Nacional. Tudo em
defesa de uma tal segurança e salvação do país. Nunca o texto da servidão
voluntária foi tão atual. Parece haver um processo profundo de alienação, quase
uma hipnose coletiva como fruto de forças sobrenaturais que faz com pessoas que
passaram pelos bancos de faculdade, sabem ler, escrever ignorem totalmente as
evidências científicas em prol de um discurso estranho e sem fundamento.
Bolsonaro
brada que as forças armadas estão do lado do povo. A questão é que povo? O intenso e agressivo barulho faz parecer que
ele tem o apoio da maioria da população. Este fenômeno se repete na história na
formação e todas as ditaduras e governos tirânicos, uma vez que a grande maioria
da população fica em silêncio e quando muito emite algum repúdio sem força de
ação. É o que tem feito a maioria dos políticos que a cada passo dado por Bolsonaro
emitem notas de repúdio no dia seguinte e clamam que o momento não é propício
para um impedimento. Enquanto isso Bolsonaro avança. O discurso é construído
por palavras e ações sequenciais que vai fazendo o povo acostumar com absurdos
em nome de uma segurança que em algum momento surgirá quando todos os inimigos
e adversários forem exterminados.
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