Poesia para João pedro - O negro de periferia
Um jovem de 14 anos Morreu um jovem de 14 anos. Foi baleado, e largado e algum lugar. A família demorou horas para saber. Mas ele até tinha um lar. Tinha só 14 anos, uma vida pra sonhar. Era um jovem negro, de periferia. Assim como muitos outros jovens negros de periferia. O negro morre todos os dias. Morre de bala, morre da pandemia. Morre de fome, morre de anemia. A vida tem pouco valor, para quem nada seria. É assim que se morre os negros de periferia. Quando não se morre de bala, morre de anemia. Morre de perversão, perdidos em idiossincrasias. Por que poucos deles conseguem vencer a burocracia. O negro que sobrevive, quando não nega a identidade, É perseguido dia a dia, e tratado com maldade. Sua vida é assunto de piadas, Então a maioria, resolve seguir a manada. E então, morre alma, ou vive como alma penada. E morre sempre o negro, vítima de saraivada. Todo dia matam negros em toda a ocasião. Matam sua identidade, seu ser, sua