A vida não tem paredão falso: Sobre o jogo de Arthur Aguiar no BBB 22.

 


Há quem diga que o BBB é um programa chulo, totalmente manipulado, fora da realidade, mas será que podemos aprender alguma coisa com este programa? Acompanhei o BBB 22, e tenho analisado detidamente o  jogo de alguns personagens, dentre eles o jogador Arthur Aguiar. O ator, que afirma ter entrado para o programa em busca de um reencontro consigo mesmo e de uma forma de dar um reset na vida,  encara um jogo como simplesmente um jogo, e joga, sem dar espaço parra sentimentos e emoções.  Seus fãs já foram acusados de serem parecidos com os eleitores de Bolsonaro, e  com tantas tretas, o último acontecimento foi ver o público mandar para o quarto secreto com mais de 80% dos votos.

Há gurus que afirmam que a vida em si não passa de um jogo. Sim, há gurus espirituais que afirma isso. Um dos mais famosos  é Osho. Ele afirma que a vida não passa de um jogo. No final de sua vida, foi acusado de envenenar mais de 700 pessoas, foi deportado dos Estados Unidos e acusado de diversos crimes. Talvez, o que estes gurus não perceberam é que a vida até pode ter alguma coisa de jogo, mas não tem paredão falso. A vida não permite fugir da lide dos sentimentos, emoções vindas dos cinco sentidos. A vida nunca pode ser apenas racionalidade, estratégia e a ideia de que os fins justificam os meios.

Arthur, no quarto secreto, e no paredão falso pode cometer os  mesmos erros de outra participante, a atriz Carla Diaz. Seria coincidência que os dois que foram Para o quarto secreto já eram atores da globo? Não se pode fugir indefinidamente dos sentimentos e emoções, e justo neste campo que Arthur pode vir a perder o apoio do público do lado de fora e perder o prêmio final . De Osho a Vivekananda uma lição aponta que viver em um estado lúcido de consciência, de clareza e de busca de controle sobre a realidade pode ter um preço alto no final. 

No jogo da vida, o que tem valor não é o prêmio final. O que tem valor é a  jornada, é o caminho e a forma como se caminha.  As pessoas que encontramos pelo caminho e as formas como lidamos com elas, as oportunidades que temos, as decisões e escolhas que fazermos.

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