Democracia e desenvolvimento humano: O perigo dos extremos os limites da liberdade de Tiradentes aos dias atuais.
Democracia
e desenvolvimento humano: O perigo dos extremos.
Hoje,
21 de abril de 2022, aniversário da morte de Tiradentes,, talvez seja um bom momento
para falarmos um pouco de democracia. Nenhum sistema de governo é mais
palatável a liberdade que a democracia. Admiro a Aristocracia, e muitas vezes
penso que um governo aristocrático, ou o governo dos melhores, dos mais sábios,
poderia ser bom, porém não no nosso mundo, onde o conhecimento não está ao
alcance de todos, tão pouco o acesso aos bens materiais. Também admiro a
Teocracia, porém como viabilizar a justiça em um mundo onde tão poucos tem possiblidades
de elevar as consciências e adquirir sabedoria
e elevação moral? Resta a democracia, pois a tirania, as ditaduras, já
mostraram que são cruéis com a vida e não respeitam o direito dos seres de
existir.
Tiradentes
morreu devido a tirania dos reis portugueses com suas colônias. Portugal não
estava preocupado com o desenvolvimento das colônias, tão somente desejava
extrair todas as riquezas possíveis. E aqueles que aqui chegaram e entenderam
que seu novo lar era aqui, logo perceberam que se tinha algo que não era sábio
era enviar as riquezas para Portugal, se era aqui que viveriam, morreriam e
seus filhos continuariam. A ideia de independência e de liberdade estava ligado
ao direito de ver os herdeiros viver em liberdade, garantir vida de qualidade e
desenvolvimento humano.
Desde
então, a luta por liberdade no Brasil, nunca foi uma tarefa fácil. Veio a
independência depois de tantas revoltas nativistas e revoluções que
sacrificaram muitos outros, seja na forca ou na espada. A independência, e, a
luta mais cruel para quem tem ancestralidade negra, que foi a abolição da
escravidão. Uma luta que até hoje não terminou, que passou a ser ligada ao direito de sobreviver, de ter
trabalho, de ter comida. Uma luta que fez nascer os partidos de esquerda no Brasil
, o PC do B ou partidos comunistas e operários nos idos de 1920, e que mais
tarde alimentou as revoluções com Prestes. Entretanto, estas lutas sempre foram
interrompidas.
As
conquistas trabalhistas do Governo Vargas serão interrompidas no Governo de
João Goulart/Jánio Quadros pela ditadura Militar que durou até o ano de 1985, e
que só terminou de direito ao final do Governo Sarney com a primeira eleição direta.
Finalmente, a constituição de 1988, prometeu democracia e liberdade, que foi
tolhida pela perversa desigualdade econômica e social. Somente nos anos de
1990, nos governos de FHC e depois nos Governos de Lula e Dilma, assistimos uma
evolução na luta contra a desigualdade econômica que impede a verdadeira
liberdade e tolhe a verdadeira
democracia.
O
perigo dos extemos.
No
ano de 2016, porém, assistimos mais uma interrupção da nossa evolução
democrática. Pela prática do insuflar as massas, nasceu o antipetismo, e,
depois de movimentos e protestos, fez-se derrubar o governo Dilma. Dois extemos
se instalaram no país, e o mais triste, é que se fosse real e baseado na
consciência de classe e de realidade dos brasileiros, um dos extremos deveria
ter no máximo 10% da população, uma vez que a verdadeira razão da instalação do
ódio foi a tentativa de redistribuição de renda no país, o que poderia garantir
um maior desenvolvimento humano. Entretanto, o ódio, de alguma forma, se
alastrou e fez nascer o fenômeno da ultradireita.
Basicamente,
as pessoas são movidas pelo ódio. Não se trata de consciência de classe, não se
trata de consciência de realidade, apenas de
um ódio difícil de compreender que mistura religiosidade, sonho
salvacionista pela fé, e desejo de exclusão
de todo aquele que discordar de um modo de vida confuso cheio de
contradições e fundados em preconceitos dos mais variados. A direita, regida
pelo bolsonarismo, defendendo a tortura em
nome de Deus, cresceu conseguindo adesão de mais de 25% dos brasileiros.
Pior que isso, é por trás desta massa ignorante, os verdadeiros e mais
perigosos direitistas se esgueiram estabilizando poder e força que pode nos
levar a uma ditadura ou tirania real.
A
democracia nunca correu tanto perigo. Nomes como Eduardo Leite, João Dória,
Ronaldo Caiado, Sérgio Moro, Kim kataguiri, e tantos outros, são perigos tão
reais ou até mais perigosos a democracia que o Bolsonarismo, primeiro por que
são a verdadeira base do Bolsonaro, pois com um discurso que vai e vem, acaba
legitimando todas as loucuras do presidente, e segundo, por que não carregam em
si, nenhuma preocupação com o desenvolvimento humano, a democracia e a Justiça
Social. No Campo religioso, pastores
como Silas Malafaia alimenta um rebanho em nome de Deus, e controla partidos
inteiros, com bancadas no congresso, e em
nome da democracia defende princípios e valores, atitudes e ações que podem
ferir de morte todo e qualquer tipo de liberdade. É por todas estas razões que não se pode
esquecer “ O preço da liberdade é a eterna vigilância.”.;
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