Candidatura de Professor Nelson, do PPS, é deferida - Publicação do Jornal Opcao 2014

 

Candidatura de Professor Nelson, do PPS, é deferida

Candidato a deputado estadual, ele ficou sabendo que seu registro havia sido indeferido na última sexta-feira. Presidente Darlan Braz afirma que não houve “má fé” do partido

Professor Nelosn, do PPS: "Meu nome não constava em nenhuma das listas" | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

Professor Nelosn, do PPS: “Meu nome não constava em nenhuma das listas” | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

O registro de candidatura do Professor Nelson (PPS) foi deferido pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) na noite de terça-feira (5/8). A decisão vem após o postulante ao cargo de deputado estadual ser notificado de que estava em situação irregular por não estar oficialmente filiado ao partido desde 2009. A informação foi confirmada tanto pelo candidato quanto pelo TRE nesta quarta-feira (6).

Ontem, o Professor Nelson garantiu ao Jornal Opção Online que em diferentes ocasiões consultou o presidente do PPS, Darlan Braz. As respostas sempre indicavam que a situação do candidato estava regular. A fonte do problema poderia ter raízes na época em que ele ingressou no partido, quando o ex-secretário de Cultura Gilvane Felipe presidia a sigla. Talvez Nelson nunca tenha sido, efetivamente, filiado à sigla.

Para averiguar a situação, o professor enviou um pedido ao TRE requisitando um histórico de sua situação para descobrir onde começou o problema. Refutando o que acreditava Darlan Braz, a Corte informou que o concorrente esteve, sim, filiado ao PPS entre 2007 e 2009, quando seu nome parou de constar entre os filiados.

Foi nesse período que houve mudança na forma de registro de candidaturas, em que presidentes de comissões cadastrarem seus filiados aptos para a disputa duas vezes ao ano. Conforme disse, uma possível omissão quanto ao seu nome pode ter ocasionado sua “expulsão” do partido. “Nos anos de 2011, 2012 e 2013, em que o envio [online] estava sob a responsabilidade do Darlan, meu nome não constava em nenhuma das listas. O presidente disse que não enviou ou não fez questão de conferir, pois, na cabeça dele, eu estava filiado”, detalhou.

Segundo Darlan Braz, provação do registro prova que erro é do TRE e que não houve “má fé” do partido | Foto: Reprodução

Segundo Darlan Braz, aprovação do registro prova que erro é do TRE e que não houve “má fé” do partido | Foto: Reprodução

Já Darlan Braz explicou que ficou fora do partido por nove meses — entre junho de 2008 e março de 2009 — e contabilizou que o PPS tem mais de 2 mil filiados. “Não checamos se cada um está filiado. O que fazemos é um processo de alimentação, de quem entra e quem sai. Não sei porque cargas d’água que ele não entrou como filiado no partido”, relatou. O dirigente ainda disse que a aprovação do registro prova que o erro partiu do TRE e que não houve “má fé” do partido.

Ciente do imbróglio, o postulante à Assembleia Legislativa divulgou uma carta aberta. “Reitero minha confiança de que o Diretório Estadual de Goiás não deixará minha luta por democracia e desenvolvimento humano, por oportunidades iguais de educação e igualdade racial, ser morta por uma omissão ou ato inconsequente; mas que será esclarecido totalmente a razão de meu nome não ter sido enviado a Justiça Eleitoral no ano passado e que todas as medidas necessárias e legais serão tomadas para que acontecimentos deste tipo não prejudique a construção do partido humanista que tanto sonhamos”, comunicou o conteúdo.

Veja nota divulgada pela presidência do PPS sobre o caso:

Detecção de Irregularidade na Filiação do Filiado Nelson Soares dos Santos

O Diretório Metropolitano do Partido Popular Socialista de Goiânia vem por meio desta vem informar que diante da constatação por parte do TRE-GO (após pedido de registro de candidatura) da não filiação do senhor Nelson Soares dos Santos como membro do PPS Municipal de Goiânia junto ao TRE-GO/Filiaweb. Esta direção esclarece que em momento algum se furtou a auxiliá-lo na resolução do problema.

Após a verificação de que nos registros do TRE-GO o mesmo não era oficialmente filiado. Orientamos os caminhos jurídicos possíveis, disponibilizamos o livro atas original, para que o mesmo pudesse utilizar como forma comprobatória de sua vivência política e partidária junto ao partido. Ainda, enviamos para o e-mail (cópias anexa, ficha e e-mail) do interessado, cópia da ficha de filiação junto ao SIAP (sistema de controle interno do partido), bem como orientações de como proceder na busca de informações e caminhos jurídicos possíveis.

Esclarecemos ainda que também não sabemos explicar o porquê de o mesmo não estar filiado ao partido desde o ano de 2009. Vale ressaltar que nossa gestão frente ao partido em Goiânia deu-se inicialmente em agosto de 2011, por meio de Comissão Provisória, sendo a mesma destituída e recomposta de forma tripartite pelas forças que compunham o partido àquela época. Em outubro de 2013 foi eleito via Congresso o Diretório e, por conseguinte, a Executiva Metropolitana do Partido municipal, estando Nelson mais uma vez integrando a executiva como primeiro secretário.

Assim, o deferimento da candidatura do mesmo por parte do TRE-GO, é prova de que não houve interferência do partido para que Nelson deixasse de ser nosso filiado oficialmente, e que em nenhum momento houve interesse ou gestão dessa direção para a ocorrência de tal situação. Parabenizamos a atitude do Tribunal e desejamos sucesso ao nosso candidato.

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