A história de um processo - Parte 1.
Tem
coisas que só de remexer nas memórias provocam em nosso ser dores imensas. O
que estou fazendo agora e me propondo a fazer, escrever a história de uma luta
Judicial que começou no mês de outubro do ano de 2004, e até hoje não terminou, provoca este tipo de dor.
Nunca imagine que a justiça brasileira fosse tão frágil, e que buscar direitos
e proteção pudessem causar tanta dor e sofrimento. De forma que se alguém me
pedisse conselho para entrar ou não na justiça hoje, em busca de resguarda seus
direitos, minha primeira reação, se ouvir as dores que existem em mim, é dizer
não.
Esta
é a história de um processo judicial que começou como um mandado de segurança e
buscava corrigir uma injustiça flagrante, mas que tal mandado de segurança só
foi julgado três anos depois. Uma das partes mais doloridas foi ouvir de um
juiz que eu deveria abandonar o processo por que ele jamais iria julgar o
mandado de segurança, e que se algum dia aquele mandado de segurança fosse
julgado, a sentença nunca seria cumprida. Ouvi a mesma coisa dos emissários do
prefeito, do diretor acadêmico da Faculdade Senhor Alzair Eduardo Pontes, e
ainda de diversas outras pessoas.
O
Juiz em questão ( acho que o nome dele era Doutor Edson), realmente não julgou
o mandado de Segurança. O processo foi julgado três anos depois, e eu até já
havia desistido dele, estava trabalhando na cidade de Arraias e Campos Belos,
nos campi da UFT ( Universidade Federal do Tocantins) e UEG ( Universidade
Estadual de Goiás. E julgado o processo
pelo então Juiz Leonardo Aprígio Chaves, a Faculdade me chamou para fazer um
acordo e reassumir minhas funções. E foi ai que eu cai na pior armadilha da
minha vida. Eles quebraram o acordo e novamente me demitiram. E desta segundo
afastamento, no ano de 2010, o prejuízo
foi ainda maior.
Quando
falei que retomaria novamente, o processo judicial e os acionaria por quebra de
acordo, eles disseram que daquela vez eles estava fazendo bem feito e que eu
nunca mais colocaria os pés na faculdade novamente. Eu me lembro bem dos olhos
do Cleiton Camilo, o Presidente da FESG que quebrou o acordo. Lembro das
ameaças que ele me fez, inclusive de me dizer na sala dele, que se eu
insistisse em retornar para Goiatuba eu poderia até perder a vida. Infelizmente,
a imaturidade impediu que eu tivesse hoje provas materiais destes momentos
tenebrosos.
Procurei
novamente o advogado e retomamos a ação. E o Juiz, que estava na comarca ainda
era o Doutor Leonardo Aprigio, que
decidiu no processo que uma vez que o acordo não tinha sido homologado,
então não existia juridicamente, e deu prosseguimento a ação. Quando o Doutor
Leonardo deu esta decisão, recebi proposta para aceitar negociar os salários
atrasados que tinha direito, e ao mesmo tempo uma saraivada de ameaças. Eu
rechacei a todas, afinal, eu queria uma coisa mais do que tudo, minha
reintegração. Doía de mais em mim a forma como tudo foi conduzido e eu não
entendia de fato o que estava acontecendo.
Infelizmente,
o Doutor Aprigio foi transferido de comarca, e desde então, o processo nunca
mais andou. Já passou pelas mãos de uns cinco juízes, já paguei perita no processo por perícia que nunca foi realizada, e até
hoje, o cumprimento de sentença que já dura mais de dez anos, e ainda não foi
cumprido continua sua saga. Esta é a história do processo 0335326-42.2005.8.09.0067, Nelson Soares dos
Santos X FESG – Fundação de Ensino Superior de Goiatuba/ Prefeitura Municipal
de Goiatuba. Um processo que começou no ano de 2004, e que ainda não terminou.
E, que hoje, tem advogando pela prefeitura para retirar meus direitos nada
menos que Felicissimo Sena, um dos maiores advogados do Estado , várias vezes
presidente da OAB, e um homem milionário. Esta é uma luta de Davi contra
Golias.
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