Poesia para minha morte


Quisera amordaçar a vida.
Prende-la entre correntes inquebráveis
Nestes dias tempestuosos
Mas esquinas corrompidas
Não. Não quis amordaçar a vida
Nunca quis, de verdade ter o controle
Eu sempre soube que é um caminho de ida.
Só o caminhante sabe as próprias dores.
Nunca quis nada que exigisse esforço.
Nunca quis disputas de glórias pequenas.
Nunca quis mulheres com corações em destroços.
Nunca quis batalhas de vitórias enfermas.
Digam que é mentira se disserem da minha pessoa.
Que sempre busquei a batalha mais dura e infernal
Eu fui um preguiçoso querendo viver a toa
E sempre fugindo de entrar no milharal.
É verdade que algumas vezes eu quis servir, liderar
Mas sempre queria o consenso geral.
No fundo, nem mesmo a melhorar vida podia animar
O sempre desejo da morte, como um cálice real.
E ter a consciência da nua existência.
De que da ausência nenhuma falta será sentida.
De que até os chorosos mentiram na essência.
Pois não foram presentes na miserável vida

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