Trigésimo quarto dia da quarentena – A fraude que mata.




Goiânia, 18 de abril de 2020.

Os seguidores de Bolsonaro e Olavo de Carvalho continuam afirmando que o vírus é apenas uma fraude. Que na verdade é tudo conspiração da China junto com a ONU, OMS, para se estabelecer uma Nova Ordem Mundial com a China dominando o mundo. Dizem que o vírus não mata e que tem que acabar com o isolamento social. O novo ministro da saúde, um descendente de Judeus, que deveria entender a dor da perda e da morte, teve um vídeo controverso divulgado, no qual defende que a decisão de escolher quem vive e quem morre deve levar em conta as questões econômicas.

Isto, entretanto, não é novo. Hitler também teve seus apoiadores judeus. Ao menos no início do processo de construção da ditadura nazista. Outro descendente de Judeu, Roberto Justus, grande empresário, também tem defendido o fim do isolamento como forma de protege os empregos e a economia. O vírus que é visto como fraude por muitos, entretanto, continua mantando e não escolhe raça, classe social, gênero, ou e nem mesmo idade. Mata em todas as especificidades. Dados mostram que o número de pessoas que morreram este ano, em comparação, com o mesmo período do ano passado, aumentaram mais de 2000%.

E falando em pesquisa, outros dois dados chamaram minha atenção. Na pesquisa Data folha, 64% dos entrevistados, reprovaram a demissão do ministro da Saúde. Entretanto, outro dado chamou minha atenção, o de que Bolsonaro ainda tem o apoio de 52% da população para continuar no comando do país. Ora, este dado, é praticamente a mesma quantidade de eleitores que o elegeu. Juntando isso com o barulho das ruas, orquestrado pelos seguidores sanguinários e barulhentos, penso que estamos diante de dias muito difíceis. Parece que o circo ainda acha graça das piadas contadas, mesmo que tudo esteja pegando fogo, e que os bombeiros trabalham em condições adversas.

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