Vigésimo Terceiro dia de quarentena – Olavo Carvalho, o arauto da Morte
Goiânia, 07 de Abril de 2020.
Os dias atuais poucas pessoas pensam por si
mesmas. A maioria, seguem os chamados influenciadores das redes sociais. Tem
influenciadores que definem as ações de centenas de milhões de pessoas. No
Brasil, um que se autodenomina Filósofo é um destes influenciadores. O próprio presidente
da República admite publicamente que é influenciado pelo filósofo. Ele e seus filhos, um senador, um deputado
federal e um vereador, mostram orgulho de serem seguidores do Filósofo. Afinal,
quem é Olavo de Carvalho?
Olavo de Carvalho foi jornalista, e trabalho
em importantes jornais do país, depois se tornou, astrólogo, ensaísta, ideólogo
e guru da nova direita conservadora no Brasil. A direita conservadora que Olavo
inspira se serve de termos chulos para atacar adversários, e qualquer um que
ouse discordar da pretensa e uniforme visão salvadora do mundo é tido como
adversário a ser destruído. Apoiadores da eleição de Bolsonaro como Bebiano, Alexandre
Frota, deputada Janaína, e tantos outros, como o mais recente rompimento
ocorrido no estado de Goiás, mostra a sanha enfurecida dos seguidores de Olavo
e suas formas de assassinar reputações. No caso Goiano, o Governador Ronaldo
Caiado, aliado de primeira hora do presidente Eleito, ousou discordar da ideia
defendida por Olavistas e Bolsonaristas de que a pandemia do Covid-19 não
existe ( Olavo), ou de que é apenas uma gripezinha como afirmou o presidente Bolsonaro.
E isso foi o suficiente para ele ser vaiado em praça pública.
O que impressiona, nos seguidores de Olavo, é
a forma religiosa-fanática como defendem
as ideias que acreditam. São raivosos, cheios de ódios, rancores, ressentimentos
e dispostos a brigar com qualquer um, até mesmo com a própria mãe quando se
tornam adeptos das ideias salvadoras. Em alguma medida, são seres racionais, de
mente forte, e alguns extremamente bem sucedidos na sociedade. No meio deles,
tem médicos, historiadores, cientistas, empresários, e tantos que olhando
superficialmente, fica difícil acreditar que eles acreditam no que eles
defendem. Negam a Universidade, negam o estado, negam a ciência. E, como o
Olavo que se autoproclamando Filósofo, critica todos os filósofos conhecidos, e
se propõe reorganizar as verdades do mundo e da história, se autoproclamam aquilo
negam para sentirem eles mesmos autoridade naquilo que pregam.
Além de negar que a pandemia é uma realidade,
dizendo que ela não existe, que é uma gripezinha, também negam várias
descobertas da ciência, entre elas, a de que a terra é redonda. Não seria estranho encontrar um olavista
negando a Lei da Gravitação Universal ou qualquer outra lei natural. Não se
pode chama-los de ignorância, não seriam adequado, pois são capazes de utilizar
a lógica e os números para bem embasar argumentos que a primeira vista parecem aceitáveis e levam
alguns, a acreditar que é possível o diálogo com eles. Entretanto, pouco tempo
de diálogo é necessário para se perceber que é impossível um debate sadio e
erudito. Termos chulos, agressões e tantos outros mecanismos de formas falsas
de argumentar tomam conta do diálogo, e se transforma em meras repetições de bordões
sem fundamentos nos fatos.
Olavo de Carvalho, autoproclamado filósofo, é
o filósofo da morte, o arauto que levará muitos a cova por acreditar nas
crendices que ele conta. Influenciados por ele, muita gente será contaminada
pelo Convid 19, e morrerão nas filas em busca de uma possibilidade de sobreviver.
Olavo, ficará na história como o influenciador que ajudou o Convid-19 a matar
milhares de brasileiros.
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