Trigésimo dia de quarentena. Olavo de Carvalho e a direita ensandecida.
Goiânia, 14 de abril de 2020.
Houve um tempo no
passado, não tão distante no qual ouvi uma frase que dizia mais ou menos assim:
“ É possível ser de esquerda e não ser burro”. No tempo presente, esta mesma
frase poderia ser repetida trocando a palavra “esquerda”, por “direita”. Sim,
há no Brasil, no momento atual um grupo
enorme de pessoas que tentam se manter conservadores, de direita e não serem
confundidos com uma massa ensandecida de seguidores do presidente Bolsonaro e
do Autoproclamado Filósofo Olavo de Carvalho.
A
loucura de hoje, é o início da Campanha Fora Witzel. Governador do Rio de
Janeiro, Witzel entrou na mira dos Olavistas por adotar medidas de isolamento
buscando conter a disseminação do Convid 19. O pecado de Witzel? Acreditar que
a pandemia existe e está matando. O pior de tudo, para os brasileiros, é que
esta loucura tem as impressões digitais de pessoas ligadas ao presidente. E,
enquanto isso, o Governo Federal passou mais um dia dividido e discutindo se
demite ou não demite Mandetta.
Enquanto
isso o corona que não parece preocupado com as disputas políticas locais, segue
fazendo vítimas de todas as formas. Hoje, o Brasil superou, pela primeira vez,
o número de 200 mortos em 24 horas. O número total já passa de 1500. Os casos
oficiais chegaram a 25.262. São mais de 300 mil no mundo, mesmo assim, tem
gente ainda acreditando que é apenas uma gripe, ou mesmo que a pandemia é uma invenção
histérica. Provando que pode igualar a todos, hoje, além do Prefeito de Duque
de Caxias, cidade do Estado do Rio de Janeiro, defensor da ideia de que tudo
não passa de uma gripezinha que pode ser curado nas igrejas; dois governadores
foram diagnosticados com Convid-19 – o Governador do Rio, Witzel, no momento,
inimigo declarado de Bolsonaro, e defensor do isolamento total; e o Governador
do Pará Helder Barbalho, filho do conhecido cacique político Jader Barballho.
Olhando
para os acontecimentos, não há dúvida de que muitas coisas estão mudando. Os acontecimentos
atuais serão estudados pelos humanos futuros, como hoje estudamos fenômenos como
a segunda e primeira guerra mundial, a gripe espanhola, e tantos outros traumas
vividos pela humanidade. É um momento de
dor. O medo se instala pouco a pouco de suas mais variadas formas. Há o medo da
doença, o medo da fome, o instinto de sobrevivência se instala. A política, a ciência,
as religiões não conseguem dar as respostas que todos buscam. A tranquilidade e
segurança vai começando a sumir dos olhos daqueles que antes se sentiam
seguros. As mortes dos ricos e famosos, mostra que o dinheiro já não garante
segurança total contra a doença, quando muito, apenas uma morte minimamente
assistida.
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