100 dias de Governo. A certeza de estar do lado certo da história

 

Os 100 dias do Governo Lula – A retomada do respeito ao ser humano.


Há um aspecto simbólico sobre a avaliação de 100 dias de um governo que tenha começado o seu mandato, mas o que significa? O que esperar de um governo nos primeiros cem dias de atuação? Seja no nível municipal, estadual e federal, a análise dos cem dias de governo deve levar em conta o pacto feito entre eleitores e eleitos, pois em uma democracia o que se diz se um governo está indo bem ou não, é a forma como o mesmo busca realizar aquilo que prometeu realizar no pacto eleitoral diante dos seus eleitores.

Colocado esta questão é preciso perguntar qual foi a questão central do pacto feito por Lula para o seu terceiro mandato e os seus eleitores? O pacto central, ao que me parece, teve apenas duas assertivas: Lula prometeu que diferente de Bolsonaro, respeitaria a constituição, seria um estadista, e preservaria a democracia; segundo, que buscaria governar com equilíbrio, e ao governar para todos, buscaria combater a fome e cuidar dos menos protegidos pelo estado. Durante toda a campanha não houve discussão de um plano de Governo. Ciro Gomes e Simone Tebet, bem que tentaram e ambos possuíam planos de governo bem elaborado, mas não vi muita gente preocupada em focar nos planos de Governo de ambos.

Colocado tais premissas é correto afirmar que os 100 primeiros dias do Governo Lula foi um sucesso estrondoso. Do ponto de vista do respeito a constituição e a democracia não há o que se falar. A própria vitória de Lula cumpriu este papel. Bolsonaro viajou com medo de ser preso, e esta foi a primeira realização dos 100 dias do Governo Lula; e ninguém mais falou em intervenção militar após o 08 de janeiro. E vamos combinar, ninguém com um mínimo de lucidez e racionalidade aguentava mais ouvir falar de intervenção militar, oração pra ets, e etc. Em seguida assistimos o trabalho do Grupo de Transição. E o que vimos foi uma imprensa pautada por discussões que envolvia preocupações com a forma de governar o Brasil pelos anos seguintes. Coordenada pelo Vice Presidente Geraldo Alckmim vejo o trabalho do Grupo de Transição um sucesso, realizado com competência e trabalho árduo. A posse, então, foi uma festa da democracia, e que em seu simbolismo resgatou o humanismo, a responsabilidade com as minorias, e sobretudo o respeito aos valores estabelecidos pela Constituição para o Estado Democrático de Direito.

A terceira realização mais importante foi a retirada da diplomacia brasileira do ostracismos e do isolamento. Em tempos de guerras e ameaças de guerras, e o Brasil tendo um território imenso, é importante que seja uma ator ativo no cenário internacional. Os demais acontecimentos são todos consequências dos já citados. É a tarefa ÁRDUA do dia a dia de recolocar o Brasil de pé. Combater o garimpo ilegal, o desmatamento, reorganizar os programas sociais, combater a violência alimentada pelo ódio, são tarefas que devem ser vistas como um trabalho a ser realizado sem tréguas.

É preciso lembrar que uma batalha foi vencida, mas o ódio ainda se transmuta, se mascara e se disfarça das mais variadas formas. Se quisermos mesmo manter o estado democrático, e desenvolver uma cultura humanista, é mister que seja travada uma luta diária contra a desinformação, a mentira, e sobretudo contra a ignorância. A tarefa suprema é governar consciente dos limites do estado perante o mercado, dado que os sistemas públicos ( saúde, segurança, educação, etc) competem diuturnamente com os sistemas privados.



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