Do Livro Folhas Secas ao Vento - Um antigo Mistério

 





O sol nasce mais uma vez...

E espalha seus raios na natureza.

O brilho espanta toda a escuridão da noite...

E eu ainda mantenho aquela antiga tristeza

Por não desvendar um antigo mistério – 

Por quê? Por que tenho de te amar tanto assim?


Agora é meio dia. E olho para os lados.

Vejo natureza in natura e natureza artificial.

A destruição joga todos os dados...

E eu, eu ainda continuo aqui parado...

Não vejo solução, se isto for um mal...

Por quê? Por que de te amar tanto assim?


Por que tenho de te amar tanto assim?

As horas passam, e os pássaros voam...

A tarde chega, os raios de sol se enfraquecem...

Eu continuo amando, amando tanto assim.

E toda esta força, toda esperança que existe,

Não passa do reflexo destas horas tristes...


E o sol descamba pelo horizonte...

Retorna mais uma vez para a antiga fonte.

Tudo mergulha na escuridão da noite.

O meu coração sofre terríveis açoites,

geme e grita, e soluça de amor.

E no refluxo do sem fim...

Permanece o mais antigo mistério...

Por quê? Por que de te amar tanto assim?


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