As violências que existem em nós – Sobre como cultivar a paz.
Os últimos episódios de violência nas escolas nos faz pensar sobre o tema. Afinal, como tratar a questão da violência? Existem diversos tipos de violência? Como identificar se uma experiência vivida é uma violência? As pesquisas dos estudiosos mostram que existem diversas formas de se violentar uma pessoa, e ou de sermos violentos com os outros. No quadro presente, neste texto, localizamos seis tipos de violência considerados os mais comuns pelos estudiosos do tema.
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Atos de violência |
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Violência física |
Utilização a força física |
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Violência psicológica |
Opressão psicológica |
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Violência moral |
Opressão ou exposição da pessoa |
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Violência sexual |
Imposição de cunho sexual sem consentimento |
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Violência econômica |
Subtração de bens ou imposição de dependência econômica |
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Violência social |
Repressão ou opressão de grupos minoritários |
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(Retirado de https://www.diferenca.com/tipos-de-violencia/)
Olhando bem este quadro não é difícil concluir que o Brasil se tornou um país extremamente violento. E, em muitos casos, a violência contaminou as estruturas dos poderes do Estado, invadiu a esfera pública, a esfera política e até mesmo a esfera religiosa. Quem nunca se sentiu discriminado pela religião que possui? O que falar do racismo enquanto violência que atinge não apenas os negros, mas os demais do seu convívio? O que falar da violência das estruturas judiciárias que suprimem direitos, condena inocentes, e manipuladas pelo dinheiro de poder passam a serem utilizados em nome do erro do desrespeito a lei utilizando as próprias brechas da Lei?
A luta contra a violência no Brasil é uma luta profunda. Ficar na superficialidade da questão não vai ajudar sequer a compreender o problema. Penso que atitudes simbólicas de indivíduos, líderes e Instituições podem ajudar a mudar o rumo das coisas. No entanto, não é um problema cuja solução possa ser pensada a curto prazo, ou com ações mirabolantes como armar a população, aumentar o efetivo policial, etc. Estas ações podem até ter alguma importância mas não será a solução do problema.
A solução mais duradoura do problema é investir na Educação como instrumento da evolução das consciências, uma educação para a paz e pela paz. A segunda questão é investir no combate a todas as formas de miséria humana, sobretudo a pobreza material que lança milhares a fome todos os dias. A terceira, estabelecer limites para a desigualdade social, uma questão que afronta os defensores da economia capitalista. A desigualdade social, a fome, são as piores formas de violência existente na atualidade, e todas as vezes que utilizamos os tais argumentos em nosso favor estamos nós, de alguma forma sendo violentos com alguém em algum lugar..
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