Enquanto o amor não vem : Sobre a importância do autocuidado.

 



Já fazem mais de vinte e cinco anos que li o livro “Enquanto o amor não vem”. É um livro interessante, e na época do seu lançamento se tornou um dos livros mas vendidos. Ele fala da busca incansável do ser humano por uma companhia pra viver a vida na terra. A questão é como encontrar, identificar a pessoa, aquela pessoa ao lado de quem vamos querer acordar todas as manhãs? Como saber quem é esta pessoa? Quais sinais podemos perceber de que estamos ao lado da pessoa amada?

A tese, se entendi bem o livro, é que que nunca vamos nos sentir amados, amar, e ter a capacidade de dar e receber o amor se não estivermos prontos. Daí o livro nos compara a um grande castelo. E ao fazer isso, nos sugere, que sobretudo após os trinta anos de vida, precisamos fazer uma limpeza nos castelo enquanto ao amor não vem. A analogia, significa que precisamos limpar gavetas, o sotão, abrir as janelas, deixar o sol entrar como significado de que precisamos curar as feridas, deixar o passado para trás, até estarmos prontos para viver o amor.


Na época, o livro foi importante pela mensagem que me trouxe sobre cuidado, autocuidado, e sobretudo da importância de viver o presente sem criar expectativas pelo futuro. É necessário aprender a se amar, acordar todos os dias e contemplar a beleza do sol nascendo, perceber que a natureza ao nosso redor está sempre se renovando, e que tudo isso faz parte do amor que podemos receber. Ainda hoje, estas lições estão presentes em minha memória. Foi naquela época que aprendi a olhar o nascer do sol e a relva molhada de orvalho com amor no coração.

Não que não devamos ambicionar encontrar um amor. Este é um sonho que ninguém deve abandonar. O que não se pode é deixar de perceber as belezas da vida por que não se tem alguém com quem compartilhar. E se queremos ter a capacidade de compartilhar amor, precisamos estarmos prontos para dar e receber amor. Esta é a tarefa que se impõe e para alcançar este feito é preciso todos os dias, exercitar nossas capacidades de amar. É entender que nós mesmos somos feitos de amor, somos feitos de luz, somos feitos de vida e que podemos deixar tudo isso florir através de nós, como fazem os lírios do campo sob o efeito das estações.

Então, tenhamos sempre a coragem de subir ao sótão. Tudo aquilo que não pode mais servir para construir abundancia, prosperidade, alegria, bem estar, saúde, deve ser jogado fora. Todas as gavetas cujas lembranças não são saudáveis devêm ser esvaziadas. Deixemos apenas aquilo que serve de adubo para o amor, para a vida, e que pode iluminar nossos caminhos. E fazendo assim, quando e se o grande amor vier, será uma soma de coisas boas, de frutos e sementes boas que produzirá um verdadeiro pomar ou floresta de felicidade.

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