Sobre a Filosofia do Essencialismo – quando menos é mais.

 

Uma análise dos caminhos da busca pelo que é essencial na vida. 


Greg Mckeown quando publicou seu Livro “O Essencialismo”, foi louvado pelo mundo inteiro, sobretudo pelos especialistas na área da Administração e Gestão, quase que como o inventor de uma nova filosofia. No entanto, ele tão pouco inventou algo novo. A ideia de separar o que é essencial do que é trivial sempre existiu nas comunidades tradicionais, na sabedoria do homem comum, exalado pelo ditado “Menos, as vezes é mais”. Claro que o autor teve o mérito de sistematizar tal ideia aplicando-a ao mundo corporativo e expandindo para além dele, como um instrumento da gestão do tempo nos dias atuais. O objetivo deste texto não é apresentar um resumo da obra, uma vez que tem centenas de bons resumos disponíveis, mas expor como a ideia do essencialismo pode ser útil nos tempos atuais e fundamental para conservar a saúde mental.

Caso queira tornar-se um adepto da Teoria do Essencialismo, ou aprender que muitas vezes menos é mais, a primeira ação é decidir aprender a aproveitar melhor o seu tempo, viver com tempo de qualidade para tudo, aprender aproveitar o agora, o tempo que se tem para viver com o melhor que se tem para ser vivido. Então, a primeira decisão é aprender a cuidar melhor de si mesmo. O cuidado de si requer saber cuidar de suas horas de sono, de sua alimentação, e do cuidado com seu corpo físico, mental e espiritual. Como fazer isso? A primeira sugestão é tomar a decisão de aprender a cuidar, e cuidar melhor de sua casa ou do lugar onde você vive. Não apenas cuidar no sentido de manter limpo, organizado, mas saber aproveitar cada canto. Use tudo que você tem com qualidade como assistir TV, sentar em sua poltrona preferida, cozinhar o seu prato preferido, e curtir seu espaço especial, se tiver, se não tiver sugiro criar, como um cantinho da leitura, do café, do chá, etc.

Sobre separar o que é essencial do que é trivial.

Este é o fato mais importante do processo. Como separar o que é essencial do que é trivial. Ninguém conseguirá separar o que é essencial do que é trivial se não tiver um código de ética próprio, um projeto de vida e disciplina para viver o código de ética escolhido e perseguir o projeto de vida. Aqui entra em jogo duas questões: primeira, como definir um código de ética, uma escala de valores para a vida; e segundo, como definir ou escolher um projeto de vida. A resposta mais adequada a primeira questão é que se escolha um código de ética o mais próximo possível das leis naturais e divinas, quanto mais próximo estiver mais fácil será vivê-lo. E claro, isso requer um estudo e conhecimento das leis universais e de métodos para segui-las. Caso esteja distante de ter esta consciência, as escolha de uma religião tradicional aliado ao conhecimento das leis do estado e os costumes da tradição e ou povo do qual é membro pode ser útil.

A segunda questão é mais profunda. A definição de um projeto de vida está ligada às questões profundas da existência humana como o propósito de nossa vida ou a razão para qual existimos. Isso significa questionar o nosso papel na família, na sociedade, e sobretudo o que podemos fazer na vida. A dica mais importante que creio poder oferecer é perguntar a si mesmo o que lhe dá satisfação e paz de espírito. Tal resposta pode ajudar a encontrar caminhos alternativos. Em um mundo onde tudo tende a ser rápido, resumido, descartável, a busca pelo essencial requer a coragem de ter a calma de esperar. Não a espera estúpida e a passiva, mas a espera ativa de quem já compreendeu que não estamos aqui na terra por acaso. .

Por fim, e concluindo este primeiro texto, a busca pelo essencial é a fonte de cura de muitas doenças da atualidade. Quem faz apenas o que é essencial, quem busca apenas o que é essencial e se liberta do supérfluo e trivial está livre da correria e do stress cotidiano. A vida torna-se leve, e o agora torna-se sempre prazeroso.

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