Pensando com Almir Sater: Será como Deus quiser.

 

Ah, o tempo faz
Tempo desfaz
E vai além sempre

A vida vem lá de longe
É como se fosse um rio
Pra rio pequeno, canoa
Pros grandes rios, navios

E bem lá no fim de tudo
Começo de outro lugar
Será como Deus quiser
Como o destino mandar”

Almir Sater – No rastro da Lua Cheia.


Eu gosto muito das músicas do Almir Sater. Não por acaso a música “Tocando em Frente” foi trilha sonora da minha entrada na formatura do curso em Licenciatura plena em Pedagogia. Esta música – No Rastro da Lua Cheia – também toca meu coração de forma especial. É aquela mensagem sempre incompleta que permite que a imaginação voe na construção de novos pensamentos. E nos tempos atuais, estamos precisando disso, precisando que nossa imaginação faça passeios por campos infinitos em busca de amor, de compreensão e boas companhias.

Sim, a vida vem sempre de longe. Nós, diante da travessia de um rio olhamos para um lado e para o outro, e por mais que possamos imaginar, nunca saberemos como sãos suas margens e toda a riqueza de vida que o acompanha desde sua nascente até a sua foz. Apenas vemos o que passam diante de nossos olhos. A vida das pessoas também é como um rio, diz minha imaginação. Nos encontros, vemos apenas o que está diante dos nossos olhos, e mesmo ali, as águas cristalinas podem esconder profundezas que jamais conseguiremos explorar.



Se compreendêssemos que a vida de cada pessoa que encontramos é como um rio, talvez fosse mais fácil de julgar menos, condenar menos e reconhecer nossa incapacidade de conhecer a profundidade que possa existir de beleza. Se compreendêssemos que um momento não dá pra descobrir de onde vem esta vida e a riqueza de suas margens ou mesmo as dores e tragédias que já foi assistido em suas margens, talvez fosse mais fácil amar. E saberíamos que os rios seguem seu curso, assim como cada vida segue seu destino, com a providência divina assim o determina. Cada rio, uns canoas, outros carregando seus navios. Seguindo cheio de vidas em suas profundezas, margens e superfícies. Entre as dores, pedras existe a beleza a se contemplar.

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